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Vacinação

Quatro Estados acusam falta da Astrazeneca para 2ª dose

SP começou a aplicar Pfizer para completar imunização, ministro critica

14 de Setembro de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Fiocruz promete entregar novo lote da Astrazeneca hoje.
Fiocruz promete entregar novo lote da Astrazeneca hoje. (Crédito: SAAED KHAN / AFP)

Cidades de ao menos quatro Estados já registram falta da segunda dose da vacina da Astrazeneca e outros dois alertam que estão com os estoques baixos. Para evitar prejuízos à imunização, as secretarias estaduais de Saúde, como em São Paulo, por exemplo, estão a aplicando uma segunda dose de Pfizer em quem recebeu a primeira de Astrazeneca. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no entanto, criticou essas decisões, chamando de “torre de Babel” esse critérios de aplicação.

O estoque da Astrazeneca acabou em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Maranhão. No Ceará e no Espírito Santo, as doses estão no fim. Já o Rio Grande do Sul diz ter vacinas para cobrir apenas 39% da demanda até o dia 23 e aguarda os 61% restantes.

A situação é semelhante no Rio Grande do Norte e no Acre, que dizem que o estoque (de Astrazeneca) está acabando. Por isso, eles poderão ampliar o intervalo entre a primeira e a segunda dose. Santa Catarina tem vacinas suficientes até o dia 23.

Nove Estados não vivem o problema: Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Pará, Paraíba, Paraná, Roraima e Tocantins afirmam não sofrer com a falta de Astrazeneca, assim como o Distrito Federal A maioria diz que guardou vacinas suficientes para a segunda dose. Procurados pela reportagem, Amapá, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia e Sergipe não responderam.

São Paulo

O Estado de São Paulo tem cerca de 1 milhão de pessoas que não receberam a segunda dose da Astrazeneca por falta do imunizantes e decidiu aplicar a partir de ontem a Pfizer para evitar atrasos. Em relação à Coronavac como dose de reforço, Queiroga voltou a cobrar a apresentação de dados pelo Instituto Butantan à Anvisa, para liberar o seu registro definitivo. “O que a ciência tem apontado é que sistema heterólogo é mais eficiente”, afirmou o ministro sobre a dose de reforço. A pasta da Saúde não recomenda o uso de Coronavac em idosos -- o que tem acontecido em São Paulo. “Eu falo para gestores de saúde: sigam o PNI e juntos vamos fazer uma campanha mais eficiente”.

Novos lotes

Depois de interromper temporariamente a entrega de novas doses da vacina da Astrazeneca por falta de insumos, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avisou ontem que está voltando a distribuir o imunizante ao Ministério da Saúde. O primeiro lote está passando pelo controle de qualidade e deve ser entregue hoje. O atraso gerou desabastecimento de vacinas e interrupção das aplicações em alguns Estados. Questionado, o Ministério da Saúde não detalhou quantas doses irá receber e nem para quais Estados distribuirá as doses. A pasta também não informou quando as vacinas irão chegar às unidades da federação. (Da Redação com Estadão Conteúdo)