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Bolsonaro diz que povo não aceita ‘retrocessos’

12 de Setembro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Presidente recebeu Medalha do Mérito Farroupilha.
Presidente recebeu Medalha do Mérito Farroupilha. (Crédito: ALAN SANTOS / PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (11/9/2021))

Em sua primeira viagem após os atos de 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os Três Poderes devem ser respeitados. Durante discurso para integrantes do agronegócio no Rio Grande do Sul, o chefe do Planalto declarou que o povo não aceita retrocessos na luta pela liberdade.

Bolsonaro recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, em Esteio (RS), durante uma feira do agronegócio. “Temos Três Poderes, têm que ser respeitados, e buscar sempre a melhor maneira de nos entendermos para que o produto do nosso trabalho seja estendido aos seus 210 milhões de habitantes”, disse Bolsonaro, afirmando que o Brasil, aos poucos, “vai mudando”.

Na última semana, após ameaçar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e defender desobediência a decisões judiciais nas manifestações, Bolsonaro se reuniu com o ex-presidente Michel Temer e assinou uma carta falando em conciliação.

Aos apoiadores, ontem, o presidente destacou que, em primeiro lugar, as pessoas foram às ruas no 7 de setembro contra retrocessos. “Temos uma Constituição que, entendemos, deve ser respeitada a qualquer custo, em especial os incisos do artigo 5º da nossa Constituição”, afirmou.

“Senti os reais motivos para esse povo ir às ruas. Em primeiro lugar, foi para dizer que não aceita retrocessos. O povo quer respeito à Constituição por parte de todos e acima de tudo eles sabem que não podem deixar de lado sempre a defesa e a luta pela nossa liberdade”, disse o presidente.

Marco temporal

Bolsonaro também afirmou que o voto do ministro do STF, Edson Fachin, contrário à aplicação da tese do “marco temporal” na demarcação de terras indígenas, resultaria no “fim do agronegócio” no Brasil caso seja acatado pela Suprema Corte.

“Se a proposta do ministro Fachin vingar, será proposta a demarcação de novas áreas indígenas que equivalem a uma região Sudeste toda. Ou seja, é o fim do agronegócio, simplesmente isso e nada mais do que isso”, disse Bolsonaro. (Estadão Conteúdo)