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Imunização

Cobertura vacinal em crianças cai aos níveis dos anos 1980

Cobertura de vacina contra infecções como tuberculose e sarampo despencou mais durante a pandemia

11 de Setembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
A pentavalente foi a única que não registrou redução.
A pentavalente foi a única que não registrou redução. (Crédito: ARQUIVO JCS (5/10/2020))

Apesar de menos atingidas pela Covid-19, as crianças ficaram mais suscetíveis a outras doenças que podem ser evitadas com vacinas disponíveis há décadas no Brasil. A cobertura de vacinação contra infecções como tuberculose e sarampo, que já vinha em queda, despencou ainda mais durante a pandemia. As taxas voltaram aos níveis da década de 1980 e especialistas alertam para o risco de ressurgimento de doenças graves.

Dados sobre a cobertura vacinal no Brasil foram apresentados ontem pela assessora técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Antônia Teixeira, durante evento realizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Fake news e até o desconhecimento sobre as vacinas pelos profissionais da saúde são apontados como causas da queda na cobertura.

Entre o início da década de 1980 e o fim dos anos 1990, houve tendência de aumento na cobertura vacinal no Brasil, com estabilidade em patamares elevados nos anos 2000. A partir de 2015, verificou-se a redução na cobertura.

Falta vacina

Quase todos os postos de saúde da cidade de São Paulo estavam sem vacina da Astrazeneca para aplicar como segunda dose neste sábado (10). O problema chega a mais de 95% das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e outros pontos de aplicação, como parques e drive-thrus.

Cerca de 200 mil pessoas estão com a aplicação atrasada, número que chegará na segunda-feira a 340 mil, segundo a Prefeitura. O Estado pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso não receba do Ministério da Saúde 1 milhão de doses de AstraZeneca até a próxima terça-feira (14). (Estadão Conteúdo)