Após a confirmação de que não seria possível recolher o depoimento do advogado Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria ontem, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou requerimentos de sua “prisão coercitiva”, além do pedido de apreensão de seu passaporte por 30 dias. Faria é apontado como intermediador da Precisa Medicamentos para a venda de vacinas Covaxin ao Ministério da Saúde.

Marconny deveria ter se apresentado ontem para prestar seu depoimento no Senado, no entanto, mesmo que seus advogados tenham comparecido à CPI, ele não foi encontrado. Pela manhã, o senador Omar Aziz garantia que o plano era recolher seu depoimento. De acordo com o parlamentar, a polícia legislativa já estava no seu “encalço”.

Pelos requerimentos aprovados ontem, será expedido ofício ao Ministério Público Federal para conhecimento dos fatos e adoção das providências cabíveis. Tudo será encaminhado à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A CPI manteve o plano B de recolher o depoimento do ex-secretário de saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho. Ele negou conhecer o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, ou de qualquer representante da empresa. “Nunca tive relação ou contato com pessoas, donos ou empresários da empresa”, disse. Araújo também se defendeu das acusações de compras com sobrepreço de testes contra Covid. (Estadão Conteúdo)