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Covid-19

Rio detecta variante Delta em 86% dos casos

01 de Setembro de 2021 às 00:01
Da Redação [email protected]
A Delta coloca o Rio na contramão das tendências.
A Delta coloca o Rio na contramão das tendências. (Crédito: CARL DE SOUZA / AFP)

A variante Delta do Sars-CoV2 já é causadora de 86% dos casos de Covid-19 no Rio de Janeiro, segundo mapeamento da Rede Corona-Ômica de vigilância genômica do novo coronavírus no Estado. O alastramento dessa nova variedade do vírus foi extremamente veloz. Em junho, os casos de Delta eram apenas 6%. No mês seguinte, saltaram para 48%; agora, são maioria absoluta.

As análises são realizadas pela equipe da pesquisadora Ana Tereza Vasconcelos, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A rede de vigilância genômica já processou 3.952 genomas virais, oriundos de 91 municípios. Os pacientes são oriundos dos centros de referência e hospitais em todo o Estado.

Um estudo publicado na revista científica The Lancet no sábado, 28, apontou que os infectados com a variante Delta do novo coronavírus têm o dobro de risco de serem hospitalizados. A comparação foi feita com pessoas que contraíram a cepa Alpha do vírus, detectada no Reino Unido em novembro passado.

“Passaporte” adiado

A Prefeitura do Rio decidiu adiar para o próximo dia 15 a exigência da apresentação de comprovante de vacinação contra a covid-19 para a entrada em estabelecimentos de uso coletivo. O motivo apresentado é “a instabilidade do ConecteSUS para retirada dos certificados de vacinação.”

Na sexta-feira passada, dia 27, o Diário Oficial do Rio trouxe decreto que estabelecia a exigência de comprovação vacinal para acessos a ambientes de uso coletivo na cidade, como academias de ginástica, clubes e cinemas. A medida passaria a vigorar nesta quarta-feira, 1º.

Com quantidade insuficiente de doses, a Prefeitura do Rio também decidiu suspender provisoriamente a “repescagem” de vacinação contra a Covid-19. Ontem, a capital fluminense aplicou a primeira dose apenas para meninos com 16 anos, além de gestantes, puérperas, pessoas com deficiência a partir de 12 anos, ou adultos com mais de 40 anos.

A repescagem para quem tem 39 anos ou menos está indefinida. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ela ficará suspensa ‘até a entrega de novas doses por parte do Ministério da Saúde‘. (Da Redação)