São Paulo
Polícia Militar testa viaturas elétricas
Veículos reduzem emissão de carbono e ruído e apresentam menor custo de manutenção
A Polícia Militar de São Paulo inicia no próximo dia 1º de setembro um período de 90 dias de avaliação de desempenho com veículos elétricos dedicados ao trabalho policial. Três viaturas já estão à disposição do Comando de Policiamento de Área Metropolitana (CPA/M-5), na zona oeste da Capital, e serão utilizadas no programa de ronda escolar e atendimento de chamadas pelo 190 na área do 23º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano. A região foi definida por concentrar o maior número de pontos de recarga de carros elétrico na capital.
O principal objetivo do projeto é aferir a operacionalidade dos veículos, levando-se em conta as características dessa tecnologia, como tempo de recarga das baterias, resposta na aceleração e sistemas de freios. Também serão avaliadas algumas peculiaridades dos carros elétricos, como baixo ruído e possível economia em manutenção em virtude da inexistência de vários componentes mecânicos presentes nos modelos movidos à combustão.
Nesta etapa do processo serão utilizados dois veículos Leaf, da companhia japonesa Nissan, e um I5, da chinesa BYD. Os testes ocorrem sem custos para o Estado e as fabricantes foram definidas por meio de uma audiência civil pública, para a qual foram convidadas todas as empresas do segmento. As viaturas foram recebidas adesivadas e com equipamentos de navegação por GPS, sinais luminosos, sirenes e radiocomunicação, instalados.
“Nesse projeto-piloto vamos avaliar a operacionalidade e a gestão desse equipamento, como tempo de recarga e a resposta ao serviço de patrulhamento. Além de ser um veículo 100% movido a energia limpa, temos a expectativa de redução em custos de manutenção e também de equipar a Polícia Militar com alternativas de fontes de energia para suas viaturas. Existem protocolos internacionais de redução na fabricação de modelos movidos à combustão e também estaremos preparados para eventuais crises no fornecimento de combustíveis fósseis”, explica o Tenente Coronel Carlos Henrique Lucena, responsável pelo projeto.
Ao final do período de três meses, o Centro de Motomecanização da Polícia Militar (CMM) vai produzir um relatório com os resultados da avaliação e todas as especificações técnicas necessárias aos processos licitatórios. Se a tecnologia for aprovada, o documento poderá ser utilizado em possíveis propostas de compra da PM e de demais órgãos públicos interessados em adquirir modelos elétricos. A expectativa da Polícia Militar é trocar parte de sua frota, que atualmente é de 20 mil veículos, por modelos com zero emissão de carbono. (Da Redação)