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Senado aprova mais dois ano para Aras
O Senado aprovou ontem (24) a recondução do procurador-geral da República, Augusto Aras, para mais dois anos à frente do Ministério Público Federal. A indicação feita pelo presidente Jair Bolsonaro passou pelo plenário do Senado por um placar de 55 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção. Aras precisava do “sim” de pelo menos 41 dos 81 senadores. Antes, durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o procurador-geral reiterou seu compromisso contrário à “criminalização da política”, uma posição popular no Congresso, inclusive com a oposição.
A sabatina de Aras durou aproximadamente seis horas. Ali ele criticou a Lava Jato e Rodrigo Janot (2013-2017), que também ocupou o cargo; rebateu acusações de que tem sido omisso diante dos ataques de Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a instituições; e se esquivou de falar sobre o caso do orçamento secreto.
Foram poucos os senadores que fizeram perguntas mais duras, como Fabiano Contarato (Rede-ES), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Ao fim, a CCJ aprovou o parecer do relator Eduardo Braga (MDB-AM), favorável a Aras, por 21 votos a 6.
O procurador-geral chegou ao cargo em setembro de 2019, por escolha de Bolsonaro. Desde 2003, ele foi o primeiro chefe do Ministério Público Federal escolhido fora da lista de três nomes preparada pela Associação Nacional dos Procuradores da República. Apesar de popular entre os políticos, Aras é acusado por colegas na PGR de ser conivente com as falhas do governo na condução da pandemia de Covid-19. (Estadão Conteúdo)