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Mourão se reúne com Barroso e afasta impeachment no STF

17 de Agosto de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão. (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil (3/11/2020))

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse ontem ver com ceticismo a possibilidade de o Congresso dar andamento a pedidos de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. “Acho difícil o Senado aceitar”, afirmou o general a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.

Mourão confirmou que esteve com Barroso na semana passada, para conversar sobre “temas da atualidade”. O encontro, revelado pelo Estadão, ocorreu no dia 10, quando veículos blindados militares fizeram um desfile na Praça dos Três Poderes horas antes de a Câmara votar a proposta de implantação do voto impresso.

A conversa ocorreu na casa de Barroso. Preocupado com o risco de ruptura institucional, o ministro queria saber se as Forças Armadas embarcariam em uma aventura golpista promovida pelo presidente Jair Bolsonaro. “Conversamos sobre temas da atualidade. O ministro está criando uma comissão externa para a melhorar a auditoria (das urnas eletrônicas), então acho que foi um passo importante”, afirmou Mourão. Após a divulgação do encontro, Bolsonaro declarou, no sábado, que pedirá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o impeachment de Barroso e Moraes.

Desagravo

Governadores de 13 Estados e do Distrito Federal emitiram uma nota conjunta ontem em solidariedade aos magistrados pelo que chamam de “constantes ameaçadas e agressões”. “O estado democrático de direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis”, afirma o texto, que não faz citação nominal a Bolsonaro.

Assinam o texto João Doria (PSDB), de São Paulo; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Waldez Goés (PDT), do Amapá; Rui Costa (PT), da Bahia; Flávio Dino (PSB), do Maranhão; Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco; Camilo Santana (PT), do Ceará; João Azevedo (Cidadania), da Paraíba; Wellington Dias (PT), do Piauí; Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte; Belivaldo Chagas (PSD), de Sergipe; e Renan Filho (MDB), de Alagoas. (Da Redação com Estadão Conteúdo)