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Covid-19

Ocupação de UTIs está abaixo de 80% em todos os Estados

Índice é alcançado pela primeira vez desde outubro de 2020

12 de Agosto de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Em 14 Estados, a taxa de ocupação está abaixo de 50%.
Em 14 Estados, a taxa de ocupação está abaixo de 50%. (Crédito: POCHARD-CASABIANCA / AFP)

A ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes de Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) está abaixo de 80% em todos os Estados pela primeira vez desde outubro de 2020, aponta edição extraordinária de ontem (11), do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz. Reunidos na segunda-feira, 9, os dados indicam que se trata do melhor cenário desde quando o grupo começou a monitorar esse índice, em julho de 2020.

Segundo o boletim, 14 Estados apresentam taxas inferiores a 50%: Acre (13%), Pará (48%), Amapá (26%), Piauí (48%), Ceará (47%), Rio Grande do Norte (34%), Paraíba (22%), Pernambuco (41%), Alagoas (26%), Sergipe (35%), Bahia (43%), Minas (47%), Espírito Santo (42%) e São Paulo (46%).

Por outro lado, cinco Estados estão na zona de alerta intermediário. Mato Grosso e Goiás, aponta a Fiocruz, registraram as maiores taxas de ocupação, com, respectivamente, 79% e 78% dos leitos de UTI Covid para adultos ocupados. Recordista no número de casos da variante Delta, com 206 registros, o Estado do Rio apresentou crescimento do indicador nas duas últimas semanas e registra agora taxa de 67%. Mais transmissível, a cepa identificada originalmente na Índia tem freado reaberturas econômicas pelo mundo e colocado autoridades em alerta.

Além deles, encontram-se na zona de alerta Rondônia (64%) e Roraima (70%). A Fiocruz, no entanto, aponta que a elevação do indicador pode corresponder à redução de leitos de UTI para Covid-19 para adultos no SUS, “provavelmente em um processo de gerenciamento de leitos frente à queda na demanda, e não ao aumento de leitos ocupados”.

Na faixa entre 50% e 60% de ocupação, estão Amazonas (54%), Tocantins (58%), Maranhão (52%), Paraná (59%), Santa Catarina (56%), Rio Grande do Sul (57%), Mato Grosso do Sul (56%) e Distrito Federal (59%).

Capitais

Em relação às capitais, a cidade do Rio (97%) e Goiânia (92%) são as mais preocupantes, mantendo taxas críticas há semanas. Além delas, seis capitais estão na zona de alerta intermediário: Porto Velho (63%), Boa Vista (70%), São Luís (64%), Curitiba (65%), Campo Grande (65%) e Cuiabá (74%).

Por sua vez, 19 capitais estão fora da zona de alerta: Rio Branco (12%), Manaus (54%), Belém (44%), Macapá (29%), Palmas (53%), Teresina (39%), Fortaleza (53%), Natal (34%), João Pessoa (19%), Recife (39%), Maceió (25%), Aracaju (43%), Salvador (38%), Belo Horizonte (57%), Vitória (36%), São Paulo (43%), Florianópolis (31%), Porto Alegre (59%) e Brasília (59%).

Vacinação

Os pesquisadores da Fiocruz ressaltam que o resultado reflete os ganhos adquiridos com o avanço da vacinação no País. “Considerando que ainda são altos os níveis de transmissão de casos e óbitos, a vacinação deve ser ampliada e acelerada, além de combinada com o uso de máscaras e distanciamento físico, para manutenção e avanços nos resultados”, orientam.

Em relação à semana anterior, a análise constatou ainda que o número de óbitos reduziu 1,1%. Já a incidência de novos casos diminuiu 0,8% por dia. (Da Redação com Estadão Conteúdo)