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Aulas remotas ampliarão ensino médio em SP

Com jornada híbrida, alunos da rede estadual terão disciplinas eletivas e orientação de estudos

21 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Cerca de 10 mil professores serão contratados para a ampliação.
Cerca de 10 mil professores serão contratados para a ampliação. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Estudantes do 2º ano do ensino médio em escolas estaduais paulistas terão, a partir do de 2022, parte da carga horária com aulas on-line. As atividades remotas serão para orientação de estudos e disciplinas eletivas, escolhidas pelos alunos. As mudanças integram a reforma do ensino médio, que está em processo de implementação em todo o País e prevê aumento de aulas e currículo flexível.

A partir do ano que vem, os alunos do 2º ano do ensino médio diurno terão uma aula a mais por dia: serão duas eletivas e três de orientação de estudos na semana. Essas aulas poderão ser ofertadas pelo Centro de Mídias, plataforma criada pelo governo paulista para atividades remotas durante a pandemia. Para o 3º ano do ensino médio, a aula extra por dia será ofertada em 2023. As mudanças foram anunciadas ontem pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. “Aqui nasce o ensino híbrido”, disse.

O secretário afirmou que cada escola poderá definir o formato das aulas adicionais -- se remoto ou presencial. Um documento da Secretaria Estadual da Educação voltado para os professores, no entanto, deixa claro que, no ensino médio diurno, as cinco aulas adicionais por semana serão remotas.

Recursos tecnológicos

Para que os alunos tenham acesso às aulas remotas, Rossieli afirmou que está investindo em recursos tecnológicos. Na pandemia, quando todas as aulas foram on-line, estudantes da rede estadual tiveram dificuldades de acompanhar os estudos e de acessar o Centro de Mídias. “Estamos em processo de licitação de equipamentos, tanto para a escola quanto para apoiar alunos que mais precisam”, afirmou o secretário.

Com as mudanças, os alunos do ensino médio diurno passam a ter oito aulas diárias, de 45 minutos cada -- e não mais sete. O governo prevê a contratação de mais 10 mil docentes. Os alunos do ensino médio diurno, que já cumpriam 1,05 horas anuais, passarão a ter 1,2 mil horas de aulas por ano, atendendo à ampliação de carga horária prevista na lei. No novo ensino médio, os alunos devem ter 3 mil horas de aula nos três anos da etapa.

Já para os estudantes do ensino médio noturno, serão oito aulas a mais por semana. Essas novas aulas podem ser todas remotas, por meio do Centro de Mídias, ou parte presencial. Cada escola vai decidir o modelo mais adequado.

As aulas extras do ensino médio noturno serão relacionadas ao percurso escolhido pelo estudante -- cada aluno indica uma área em que deseja se aprofundar. Caso todas as aulas adicionais sejam a distância, os alunos do ensino médio noturno terão 240 horas online por ano (de um total de mil). A legislação brasileira permite que até 30% da carga horária do ensino médio noturno seja a distância. Hoje, na rede estadual paulista, cerca de 25% dos alunos do ensino médio têm aulas à noite. (Da Redação com Estadão Conteúdo)