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CPI da Covid

Depoimento na CPI implica cel. Franco

16 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Cristiano Carvalho apontou militar como representante do ministério.
Cristiano Carvalho apontou militar como representante do ministério. (Crédito: PEDRO FRANÇA / AGÊNCIA SENADO)

O depoimento do empresário Cristiano Carvalho à CPI da Covid, ontem, fez com que o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), cobrasse do governo a demissão do coronel Elcio Franco. Ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Franco foi apontado por Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, como o homem que negociou com ele, diretamente, a venda de vacinas contra o coronavírus.

O coronel da reserva é hoje assessor especial da Casa Civil e despacha no Palácio do Planalto em um andar acima do presidente Jair Bolsonaro, mesmo pressionado pela investigação do Senado. Não foi apenas o coronel, no entanto, o integrante das Forças Armadas implicado por Carvalho. O empresário citou um grupo de oito militares que atua ou atuava até recentemente no governo em um pedido de propina pelas doses. A Davati tentou vender 400 milhões de doses da vacina da Astrazeneca para o governo sem comprovar a viabilidade de entrega e sem autorização dos fabricantes.

Em janeiro, quando ainda era o número 2 do então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, Franco deu ordem para que o seu setor centralizasse todas as tratativas sobre aquisição de imunizantes contra a Covid-19, como antecipou o Estadão. Menos de um mês após deixar a Saúde, ele foi abrigado na Casa Civil. (Da Redação com Estadão Conteúdo)