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Vacinação

Estados antecipam aplicação da 2º dose

09 de Julho de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Santa Catarina decidiram antecipar a aplicação da 2ª dose da vacina contra a Covid-19 da Astrazeneca. Os principais motivos são aumentar a parcela da população totalmente imunizada e evitar ultrapassar o prazo de 12 semanas entre as doses.

Em Santa Catarina, o intervalo entre as doses de Astrazeneca foi encurtado para dez semanas. “Se tiver vacina disponível para reduzir o tempo de espera, faremos isso”, disse Carlos Alberto Justo da Silva, secretário de Saúde de Florianópolis.

Em Mato Grosso do Sul, o prazo entre a 1ª e a 2ª dose foi encurtado para oito semanas (56 dias). A medida se aplica às vacinas de Astrazeneca e Pfizer. O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, explicou que o principal objetivo é evitar o atraso da 2ª dose. Ele teme haver um desabastecimento da vacina da Astrazeneca nos próximos meses. “Tudo o que a gente faz é baseado em estudos internacionais. Não temos uma orientação do governo federal. O Ministério da Saúde precisa se posicionar”, afirma.

Goiás informou que está antecipando a segunda dose “em alguns dias”. Já o Maranhão autorizou aplicar a segunda dose da Astrazeneca oito semanas após a primeira.

O Espírito Santo recomenda que os profissionais de saúde anotem na carteirinha de vacinação da população o prazo de 12 semanas (84 dias), mas permite que a segunda dose seja antecipada e aplicada dez semanas após a primeira (70 dias).

Em Pernambuco, o Estado autorizou que os municípios apliquem a 2ª dose da vacina entre 60 e 90 dias após a primeira. Em boletim epidemiológico divulgado nesta semana, o governo disse que a discussão foi levantada após o Ministério da Saúde antecipar em quase um mês o envio de doses destinadas a completar o esquema.

O governo de São Paulo avalia se reduz o intervalo de três meses entre as doses de vacinas contra a Covid-19, no caso dos imunizantes Pfizer e Astrazeneca. A decisão deve ser anunciada ainda neste fim de semana. O coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no Estado, João Gabbardo, disse que, em sua avaliação, a alteração pode retardar o cronograma para aplicação da primeira dose na população adulta. A circulação da variante Delta, que estudos já mostraram ser mais transmissível, preocupam autoridades. Até o momento, cinco Estados já aderiram à antecipação.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que acompanha todos os estudos sobre as vacinas e qualquer modificação deve ser discutida na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis. O intervalo entre doses para a vacina Astrazeneca permanece, diz o texto, o mesmo disposto em bula e orientado pelo fabricante, “de 12 semanas”. (Estadão Conteúdo)