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Presidente do Haiti é morto e país mergulha em instabilidade

08 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Jovenel Moise foi assassinado de madrugada.
Jovenel Moise foi assassinado de madrugada. (Crédito: PIERRE MICHEL JEAN / ARQUIVO AFP)

Um grupo de homens com fuzis de assalto assassinou na madrugada de ontem o presidente haitiano, Jovenel Moise, e feriu a mulher dele em sua casa nas imediações de Porto Príncipe, mergulhando a nação mais pobre do Hemisfério Ocidental em uma crise potencialmente desestabilizadora.

O ataque, que as autoridades haitianas atribuíram a ‘mercenários‘, ocorre em meio a meses de instabilidade política e violência de gangues, que corroeram de maneira crítica o estado de direito no país caribenho de 11 milhões de habitantes.

Moise, de 53 anos, dissolveu o Parlamento em janeiro de 2020 e governou por decreto enquanto opositores e manifestantes exigiam sua renúncia. Gangues armadas com alianças pouco claras assumiram o controle de áreas do país, aterrorizando a população com sequestros, estupros e assassinatos.

O primeiro-ministro Claude Joseph declarou estado de emergência - que concede mais poderes ao Executivo - e anunciou que estava no comando do país, apesar de Moise ter nomeado um substituto para ele na segunda-feira.

O embaixador do Haiti em Washington, Bocchit Edmond, disse que os assassinos eram “mercenários profissionais” que se fizeram passar por agentes do departamento antidrogas dos EUA (DEA) e possivelmente fugiram do país por terra, pela vizinha República Dominicana, pois o aeroporto estava fechado.

A primeira-dama Martine Moise foi transferida para Miami. Analistas consideraram pouco clara a situação no Haiti. (Da Redação com Estadão Conteúdo)