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Vacinação

Em São Bernardo, quem recusa vacina vai para fim da fila

Medida visa coibir a ação de pessoas que querem escolher a marca do imunizante

02 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Determinação é vacinar após adultos maiores de 18 anos.
Recusa da vacina será formalizada pelo município. (Crédito: NICOLAS MAETERLINCK / AFP)

O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), informou que as pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19 da marca que estiver disponível nos postos de saúde vão para o fim da fila de imunização da cidade. A medida foi anunciada em uma live transmitida na noite de quarta-feira, 30, e passou a valer ontem (1).

Atualmente, São Bernardo do Campo está vacinando pessoas com mais de 43 anos por meio de agendamento prévio. Quem não quiser tomar o imunizante contra a Covid-19 que estiver disponível no momento em que a vacinação foi agendada terá de assinar um documento específico. “Se você se recusar a assinar, duas testemunhas que estão trabalhando assinarão dando fé”, explica Morando.

As pessoas que recusarem imunizantes serão submetidas ao fim da fila de vacinação e só serão imunizadas depois que o último adulto de 18 anos tiver tomado a vacina contra a Covid-19 na cidade.

“Eu tenho insistido que vacina não é para escolher. Você lembra a marca da vacina que tomou de gripe? Não lembra. Você lembra, quando era jovem, a vacina que a sua mãe te deu de sarampo, de rubéola?”, questiona o prefeito. “Ninguém nunca pediu marca de vacina. Por que agora, na maior pandemia da humanidade, as pessoas querem escolher vacina?”

Segundo o prefeito, na terça-feira, 29, cerca de 200 pessoas se recusaram a tomar algum tipo de imunizante em São Bernardo do Campo. Desse modo, a medida está sendo adotada em resposta aos chamados “sommelier de vacina”, que vão atrás de marcas específicas do imunizante.

“Sem nenhum constrangimento, é um direito seu. Aqui ninguém faz nada obrigado. Mas também é um direito nosso colocá-lo no fim da fila, porque você tem o direito da sua vacina, mas não está tomando porque não quer”, diz Morando.

O Brasil ultrapassou nesta quinta-feira, 1º, a marca de 100 milhões de doses de vacinas contra covid-19 aplicadas na população. Segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa, o número chegou a 101.120.461, sendo 74,5 milhões relativos à primeira dose e 26,58 milhões relativos à segunda dose ou dose única.

Os dados mostram que o País tem 35,2% da população imunizada com ao menos a primeira dose e 12,55% com a imunização completa, seja pelas duas doses ou pela dose única. Nesta quinta-feira, foram aplicadas 1.282.381 doses, segundo registros fornecidos por 25 Estados.

Em números absolutos, a maior parte dessas doses foi aplicada em São Paulo, o Estado mais populoso do País. Moradores das cidades paulistas receberam 25,5 milhões de doses, sendo 19,3 milhões de primeira dose e 6,2 milhões de segunda dose. Outras 221 mil doses únicas também já foram aplicadas. (Da Redação com Estadão Conteúdo)