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CPI da Covid

Wizard fica calado durante depoimento

01 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Empresário (ao centro) usou habeas corpus para não responder as perguntas.
Empresário (ao centro) usou habeas corpus para não responder as perguntas. (Crédito: PEDRO FRANÇA / AGÊNCIA SENADO)

O empresário Carlos Wizard decidiu ontem (30) não responder às perguntas feitas por senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Acompanhado pelo advogado criminalista Alberto Toron e amparado por um habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que lhe garante o direito de ficar calado, o empresário disse que não responderia a nenhuma pergunta.

Um dos questionamentos mais repetidos, sem sucesso, ao empresário pela cúpula da CPI foi sobre os motivos que o teriam levado a organizar um grupo de discussões com médicos defensores de tratamentos sem comprovação científica, mesmo não tendo nenhuma experiência na área de saúde.

“Respeitosamente, senador, pela orientação dos meus advogados eu me reservo o direito de ficar em silêncio”, disse ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), que ainda assim fez todas as perguntas que tinha elaborado. Os demais parlamentares do colegiado, tanto de oposição como governistas, também fizeram perguntas, apesar do silêncio do empresário.

Gabinete paralelo

Antes de decidir ficar em silêncio, Wizard usou os 15 minutos dados a todos os depoentes pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Em sua exposição, afirmou desconhecer qualquer “ministério paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus. “A minha disposição de servir o País no combate à pandemia e salvar vidas faz com que eu seja acusado de pertencer ao suposto gabinete paralelo”, ressaltou. (Da Redação com Estadão Conteúdo)