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Protocolado ‘superpedido’ de impechment

01 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação [email protected]
Arthur Lira preside da Câmara.
Arthur Lira preside da Câmara. (Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Ag. Brasil )

Em uma estratégia para ampliar o desgaste do presidente Jair Bolsonaro, movimentos e partidos de esquerda, siglas de centro, centro-direita e ex-bolsonaristas protocolaram ontem um “superpedido” de impeachment na Câmara. Com 46 assinaturas e 271 páginas, o documento foi apresentado em um ato político que causou aglomeração no Salão Verde da Casa.

O “superpedido” foi protocolado no momento em que avançam denúncias de corrupção na compra de vacinas, dando força à realização de novos protestos de rua contra Bolsonaro -- o próximo está marcado para sábado --, em uma tentativa de pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), a aceitar o pedido. A decisão de dar andamento ao processo é exclusiva de Lira, aliado de Bolsonaro.

O ato de ontem foi planejado para “constranger” o presidente da Casa. O novo pedido é o de número 125 na gaveta de Lira, mas a maioria chegou à Casa ainda na gestão de Rodrigo Maia. A iniciativa, no entanto, tem poucas chances de prosperar neste momento, segundo a avaliação de lideranças partidárias ouvidas pelo Estadão.

Lira já declarou não ver material suficiente para deflagrar o processo. E, ainda assim, pela contabilidade feita nos bastidores do Congresso, o impeachment teria hoje o apoio de cerca de 140 deputados, sendo que são necessários 342 votos no plenário para afastar o presidente. (Da Redação)