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Coronavírus

Covid-19: média móvel de mortes cai e de casos aumenta

Cenário pode ser resultado do avanço da vacinação no País

26 de Junho de 2021 às 00:01
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Pesquisa da Fiocruz chama atenção para importância da testagem.
Pesquisa da Fiocruz chama atenção para importância da testagem. (Crédito: DAMIEN MEYER / ARQUIVO AFP)

Enquanto o número de novos casos registra alta expressiva no País, a média móvel de mortes causadas pela Covid-19 caiu e continua a apresentar tendência de queda no Brasil. O número de casos diários de Covid-19, segundo a média móvel de sete dias, atingiu na quarta-feira (23) e na quinta-feira (24) seu maior patamar desde o início da pandemia, com 77.327,57 e 77.264,71 novos casos diários, respectivamente. Esses números superam, inclusive, o ápice de casos da segunda onda, em 27 de março, com 77.129 casos diários. Os dados do Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), registraram na quarta-feira e quinta-feira da semana passada, dias 16 e 17 de junho, a média de 72.244,43 e 70.237,29 casos diários, respectivamente. As informações são da Agência Brasil.

As mortes, por outro lado, apresentaram tendência de queda nos últimos dias. Nos dias 23 e 24 de junho, foram 1.916 e 1.876 mortes diárias, respectivamente, frente a 2.025 e 1.997 mortes diárias dos dias 16 e 17 de junho. O ápice de óbitos da segunda onda ocorreu no dia 12 de abril com 3.123 mortes diárias.

O pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, Christovam Barcellos, disse que houve aumento do número de casos em torno de 8% na última semana. “Infelizmente o que a gente está prevendo é que o aumento do número de casos puxa mais ou menos duas semanas depois o aumento do número de óbitos também. Primeiro sobem os casos, depois sobem os óbitos com umas duas semanas de atraso”.

O pesquisador afirmou que o descolamento do número de casos e de óbitos também pode ser resultado do avanço da vacinação, principalmente dos idosos com mais de 70 anos, que já estão com uma cobertura de segunda dose bastante expressiva. “Muita gente está tendo a infecção, mas felizmente morrendo menos”.

Barcellos destacou a necessidade de ampliar a testagem para evitar a superlotação dos hospitais, pois com o inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias para além da Covid-19. “É uma competição perversa por leitos. Por isso, antes de chegar ao hospital, a pessoa tem que ser testada. Por exemplo, a maior parte das pneumonias pode ser tratada em casa, sem necessidade de internação”.

511 mil mortes

O Brasil registrou 1.990 novas mortes pela Covid-19 ontem (25), e ultrapassou o total de 511 mil vidas perdidas pela doença. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, caiu pelo sétimo dia seguido e ficou em 1.807. Apesar da queda, o patamar ainda é considerado alto por especialistas e supera a média da pandemia no ano passado. (Da Redação com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)