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Contrato da Covaxin está em análise

25 de Junho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Queiroga destacou que o governo não chegou a pagar pelas doses.
Queiroga destacou que o governo não chegou a pagar pelas doses. (Crédito: Evaristo Sá / AFP )

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ontem (24), que o contrato para a compra da vacina indiana Covaxin está sendo analisado pelo setor jurídico da pasta e que “a preocupação do Ministério da Saúde com esse assunto Covaxin é zero”. “A Covaxin está na rubrica da Sputnik, a mesma coisa, igualzinho. Então, não é motivo de preocupação para o ministro da Saúde”, afirmou.

O ministro disse ainda que “não foi pago nenhum centavo e nem vai ser”, embora o governo já tenha reservado o recurso para honrar o contrato, que prevê a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, no valor de R$ 1,6 bilhão. Um pouco menos irritado do que nesta terça, 22, quando abandonou uma entrevista após ser questionado sobre supostas irregularidades no contrato para aquisição do imunizante da Índia, Queiroga disse que as suspeitas levantadas sobre a vacina não estão prejudicando em nada o planejamento para a vacinação no País.

O contrato de compra de 20 milhões de doses da Covaxin, no valor de R$ 1,6 bilhão, é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF). O preço unitário da dose foi fechado em US$ 15, quando, seis meses antes, havia sido estimado em US$ 1,34.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou ter levado a denúncia sobre um esquema de corrupção da Covaxin ao presidente Jair Bolsonaro, há três meses. A reunião, de acordo com Miranda, ocorreu em março, no Palácio da Alvorada, pouco menos de 30 dias após o contrato ter sido assinado. Segundo o deputado, Jair Bolsonaro afirmou que encaminharia o caso à Polícia Federal. Apesar do aviso, o governo seguiu com o negócio.

Reação

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzon afirmou que o presidente Jair Bolsonaro determinou uma investigação da Polícia Federal sobre o parlamentar e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda, do Ministério da Saúde. O motivo são as denúncias sobre um esquema de corrupção na compra de vacina contra Covid-19. (Da Redação com Estadão Conteúdo)