Vacinação
País aplica mais de 2,5 milhões de doses de vacina em 24 horas
Desde o início da campanha, foi maior número de imunização em um dia
O Brasil estabeleceu um novo recorde nesta quinta-feira (17) ao aplicar 2.561.553 doses de vacinas contra a Covid-19 em 24 horas. O resultado, o melhor desde o início da campanha de vacinação, foi divulgado ontem por meio da plataforma Localiza Sus, abastecida com informações repassadas pelos Estados. Também ontem a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que vai entregaria 5 milhões de da vacina Astrazeneca para o Ministério da Saúde.
Entre quinta-feira e ontem Brasil aplicou mais 1.564.573 doses, sendo 1.478.344 da primeira e 86.229 do reforço. Assim, o número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a Covid-19 no Brasil chegou a 61.859.364. O número equivale a 29,21% da população total, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa. Entre os mais de 61,8 milhões de vacinados, 24.171.806 receberam a segunda dose. O índice representa 11,41% da população com a imunização completa contra o novo coronavírus.
Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que entregaria ainda ontem (18) ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) mais cerca de cinco milhões de doses da vacina Oxford/Astrazeneca, produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).
Com a entrega desta semana, chega a 54,8 milhões o total de doses produzidas em Bio-Manguinhos e disponibilizadas ao Ministério da Saúde. Outras quatro milhões de doses do imunizante foram importadas prontas da Índia, onde foram produzidas pelo Instituto Serum.
As doses fabricadas em Bio-Manguinhos são produzidas a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA), importado do laboratório chinês WuXi Biologics. Segundo a Fiocruz, um novo carregamento do insumo está previsto para chegar ao Rio de Janeiro na próxima quarta-feira (23), desembarcando no Aeroporto Internacional do Galeão.
Com a próxima remessa de IFA, poderão ser produzidas mais 5,8 milhões de doses, o que garante entregas de vacinas até o dia 16 de julho.
Enquanto trabalha no processamento do IFA que já está em Bio-Manguinhos e avança na transferência de tecnologia para nacionalizar a produção do insumo, a Fiocruz também aguarda a confirmação da farmacêutica europeia sobre a possibilidade de antecipação dos próximos envios de IFA produzido na China.
OMS
O objetivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) é vacinar 40% da população mundial contra a Covid-19 até o fim de 2021, com 10% imunizada até o fim de setembro e 70% até o meio do ano que vem, segundo afirmou ontem o diretor geral do órgão multilateral, Tedros Adhanom, durante entrevista coletiva
Para isso, contudo, é necessário que mais doses sejam compartilhadas por países e fabricadas pelas farmacêuticas, alertou o diretor geral. Segundo ele, a “falha” no compartilhamento dos imunizantes tem criado uma “pandemia de duas vias”, com diversas regiões com casos e mortes ainda em alta, como a América Latina e África.
De acordo com o consultor sênior da OMS, Bruce Aylward, cerca de 30 a 40 países tiveram de pausar a distribuição da segunda dose das vacinas aos grupos prioritários por baixo suprimento. A interrupção de exportações pela Índia, após a última onda local de infecções, está entre as principais causas da falta de imunizantes, afirmou.
Curevac
Cientista chefe da OMS, Sumya Swaminathan afirmou que foi “desapontador” o fato de que a vacina da Curevac, empresa biofarmacêutica alemã, não tenha atingido o patamar mínimo de 50% de eficácia estabelecido pela entidade contra a Covid-19.
Segundo ela, havia uma expectativa positiva sobre esses imunizantes produzidos a partir de métodos mais modernos, com RNA mensageiro, mas o episódio foi um lembrete de que nem todas as vacinas projetadas funcionam. De qualquer modo, Sumya Swaminathan celebrou o fato de que felizmente várias vacinas já atingiram o mínimo de 50% de eficácia e já têm sido aplicadas. (Da Redação com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)