CPI da Covid
Witzel usa habeas corpus e deixa a CPI
Após apontar o governo Bolsonaro como responsável pelas mais de 490 mil mortes na pandemia, se defender das acusações que levaram ao seu impeachment, bater boca com o senador Flávio Bolsonaro e prometer revelar fatos “gravíssimos” em sessão sigilosa, o governador cassado do Rio Wilson Witzel encerrou seu depoimento à CPI da Covid. Ainda restavam 12 senadores inscritos para interrogar o governador cassado, mas, protegido por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Witzel resolveu encerrar sua oitiva.
Antes mesmo de o interrogatório começar na CPI da Covid, o governador cassado do Rio Wilson Witzel tentou elaborar uma defesa diante dos integrantes da comissão. Ele negou as acusações pelas quais foi retirado do cargo, resultado de um impeachment por corrupção na Saúde durante a pandemia. O ex-governador voltou a dizer que foi alvo de uma perseguição política, e cassado por um “tribunal de exceção”.
O ex-governador e o senador Flávio Bolsonaro discutiram em diversos momentos. A decisão de deixar a CPI foi tomada durante a fala do governista Eduardo Girão (Podemos - CE). Aziz lembrou da decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do STF, que concedeu ao ex-governador o direito de não comparecer à comissão.
Durante o depoimento, Witzel disse que os hospitais federais no Rio “têm um dono”, sem citar nomes. Ele foi afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e sofreu um processo de impeachment por acusações de desvios nos recursos da saúde. Diante disso, a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid decidiu atender uma solicitação do ex-governador e realizar uma sessão secreta com o ex-governador do Rio Wilson Witzel e quebrar os sigilos telefônico e fiscal de organizações sociais pagas para administrar hospitais no Rio de Janeiro. (Da Redação com Estadão Conteúdo)