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São Paulo

Garis paulistas fazem greve por vacina

Em frente à Prefeitura de São Paulo, o grupo reivindicou prioridade na fila do imunizante contra o novo coronavírus

09 de Junho de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
18 toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas na capital.
18 toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas na capital. (Crédito: WILLIAN MOREIRA / FUTURA PRESS / FUTURA PRESS / ESTADÃO CONTEÚDO)

Trabalhadores da área de limpeza urbana de São Paulo entraram em greve ontem (8), paralisando serviços de varrição e coleta de lixo na cidade por 24 horas. A ação acontece em protesto pela vacinação da categoria contra a Covid-19. Em frente à Prefeitura de São Paulo, o grupo reivindicou prioridade na fila do imunizante contra o novo coronavírus.

“A categoria que nunca parou merece vacina, respeito e reconhecimento”, disse o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco-SP) em publicação na página do Facebook. “Sem vacina, sem coleta”, repetem os trabalhadores em vídeo.

Segundo o Siemaco-SP, cerca de 17 mil trabalhadores da limpeza urbana aderiram à greve. Com isso, de acordo com o sindicato, 18 toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas na capital paulista. Como a paralisação é de 24 horas, os trabalhadores só voltarão a realizar a coleta na manhã de hoje.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que tem como foco vacinar toda a população, priorizando os setores mais vulneráveis. “A Secretaria Municipal de Saúde acrescenta que segue o calendário definido pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) e o Programa Estadual de Imunização.”

Já sobre a paralisação desta terça-feira, 8, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) informa que não foi notificada formalmente sobre a greve e que vai tomar as medidas legais cabíveis. “Por se tratar de um serviço essencial, foi desrespeitada a lei geral de greve, que determina em seu artigo 13 a comunicação com 72 horas de antecedência para qualquer paralisação, além da exigência de que mantenha em operação equipes necessárias para atender a população, conforme o artigo 11 da mesma lei”, diz.

O Governo de São Paulo, por sua vez, informou que mantém constante diálogo com representantes da Siemaco-SP e da STERIIISP, com quem a secretária Patricia Ellen se reuniu, e ressalta que o Plano Estadual de Imunização (PEI) de São Paulo segue as diretrizes do Plano Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde para a definição dos públicos-alvo a serem imunizados. ‘No entanto, é fundamental que o Ministério da Saúde disponibilize mais vacinas para a ampliação da imunização e a inclusão de novos grupos‘, complementa. (Da Redação com Estadão Conteúdo)