A Polícia Federal indiciou o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, pelo suposto recebimento de R$ 10,4 milhões em propina de empreiteiras entre 2012 e 2014, quando foi ministro de Integração Nacional (governo Dilma Rousseff). A decisão alcança ainda o filho dele, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE). O relatório com a conclusão do inquérito que investigou os parlamentares foi enviado ao Supremo Tribunal Federal.

A PF cita crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsidade ideológica eleitoral. A delegada Andréa Pinho Albuquerque Cunha pede o bloqueio de R$ 20 milhões de pai e filho. Segundo as investigações, a propina teria sido paga em troca do direcionamento de obras do governo federal no Nordeste.

O inquérito foi aberto em 2017, a pedido da Procuradoria-Geral da República, a partir das delações de operadores alvo da Operação Turbulência -- eles atuariam como intermediários das propinas e formação de “caixa 2” de construtoras.

Os advogados do senador e do deputado criticaram o relatório da PF. “Essa investigação, nascida da palavras falsas de um criminoso confesso, é mais uma tentativa de criminalização da política, como tantas outras hoje escancaradas e devidamente arquivadas”, disse a defesa. (Da Redação com Estadão Conteúdo)