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Barra Torres confirma dificuldades com o IFA

12 de Maio de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Presidente da Anvisa falou à CPI da Covid, ontem (11).
Presidente da Anvisa falou à CPI da Covid, ontem (11). (Crédito: JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO)

Em depoimento à CPI da Covid, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, reforçou que existem problemas no recebimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) usado na produção de vacinas contra a Covid-19. “Temos visto problemas de demora pontual de chegada da IFA, em especial da China”, disse ontem.

No depoimento, Barra Torres conclamou a população que “acredite e confie” nos produtos aprovados pelo órgão regulador, especialmente neste momento em relação às vacinas contra a covid-19 com uso avalizado. “Então, conclamo a população que acredite e confie nos produtos aprovados pela Anvisa, principalmente, nesse momento tão importante, as vacinas”, disse

“Eu tenho 57 anos, e, embora médico, e portanto já poderia até pleitear a vacinação um pouquinho mais cedo. Mas eu hoje sou um médico gestor, eu não sou mais um médico de atender na emergência como fiz durante 20 anos. Então, assim que minha faixa etária for contemplada, irei ao posto de saúde e tomarei a vacina que estiver lá aprovada pela Anvisa”, afirmou.

Críticas

À comissão parlamentar de inquérito, o diretor da Anvisa expôs as divergências com a forma com que Bolsonaro conduz a crise sanitária como disse que esse comportamento põe em risco a saúde da população.

Na prática, Barra Torres acabou aumentando a pressão sobre o Planalto. Diante dos senadores, o médico e contra-almirante não apenas confirmou declarações do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta de que o governo tinha intenção de mudar a bula da hidroxicloroquina por decreto presidencial como defendeu medidas contestadas por Bolsonaro para evitar o contágio pelo vírus, como isolamento social, vacinação em massa e uso de máscara.

Hoje, a CPI vai ouvir o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fábio Wajngarten, que joga a culpa pelo atraso da vacinação no ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. No próximo dia 19, será a vez de Pazuello falar aos senadores. Com aval do Planalto, a Advocacia-Geral da União (AGU) prepara um habeas corpus para ser apresentado ao Supremo Tribunal Federal, na tentativa de garantir a Pazuello o direito de ficar calado e não responder a perguntas na CPI. (Da Redação com Estadão Conteúdo)