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Soldado da PM denuncia tenente-coronel por assédio sexual e ameaça de morte

Mulher de 28 anos precisou de tratamento psiquiátrico e se afastou por dois anos, mas investidas voltaram

29 de Abril de 2021 às 18:43
Cruzeiro do Sul [email protected]
Imagem de policial militar em trabalho
Imagem de policial militar em trabalho (Crédito: Divulgação / PM)

Uma soldado que atualmente está no 45º Batalhão da Polícia Militar do Interior, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, denunciou seu superior, o tenente-coronel Cássio Novaes, por assédio sexual e ameaças de morte. Segundo Elizeu Soares Lopes, ouvidor da Polícia do Estado, em entrevista ao G1, o superior pode até ser expulso por sua conduta.


Segundo a denunciante, Jéssica Paulo do Nascimento, de 28 anos, a perseguição começou em 2018, quando ela havia acabado de assumir o comando do Batalhão da Zona Sul de São Paulo, na capital. Ao ser convidada para sair por Novaes, ela recusou e disse ser casada e com filhos. A partir de então, sua vida teria virado "um inferno", conforme relato ao G1.


Jéssica do Nascimento acusa o superior de investidas sexuais, humilhação em frente aos colegas, em uma tentativa de resolver a situação, e até sabotagem. Em um áudio, é possível ouvir a voz que seria do tenente fazendo ameaças como "Não existe segredo entre dois, um tem que morrer" e "Quem não tem problema é quem está no cemitério".

Não existe segredo entre dois, um tem que morrer


A soldado afirmou ter necessitado de ajuda psiquiátrica e ficou afastada por seis meses do serviço, tirando, ainda, uma licença de dois anos para ficar longe de Cássio Novaes. Neste período, ela se mudou com a família para a Baixada Santista e, com o fim da licença, retornou ao trabalho. Foi quando o tenente-coronel conseguiu seu telefone e as investidas voltaram, mais persistentes.


Em mensagens, ele promete promoções a ela, além do sustento dos filhos e a transferência que ela queria, para o litoral. Com a ajuda de um advogado, Jéssica recolheu as provas necessárias para abrir denúncia e foi quando as ameaças, de morte e estupro, começaram a acontecer.


No momento, o tenente-coronel Cássio Novaes está afastado de seu cargo e uma investigação foi aberta para apurar os fatos.