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SP tem pior condição de seca no Brasil

25 de Abril de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Estado teve 4% do território com seca excepcional em março.
Estado teve 4% do território com seca excepcional em março. (Crédito: ADIVAL B. PINTO / ARQUIVO JCS)

São Paulo registrou a pior condição de seca no Brasil em março, já que o Estado teve 4% de seu território com seca excepcional, a categoria mais severa da escala do Monitor de Secas, em seu mais recente levantamento, divulgado na sexta-feira (23). Ainda na região sudeste, Minas Gerais e o Rio de Janeiro tiveram uma ampliação da área com o fenômeno de estiagem entre fevereiro e março.

Já o Espírito Santo ficou 100% livre de seca, o que não acontecia desde abril de 2020 no Estado. A mudança da situação aconteceu em virtude das chuvas acima da média no território capixaba.

O levantamento destaca São Paulo, que foi a unidade da Federação acompanhada pelo Monitor de Secas com maior porcentual de área com seca extrema (14%) e seca grave (37%) em março. O Estado também foi o único a registrar seca excepcional no Brasil no último mês: 4%. Com isso, o Estado teve cerca de 55% de sua área com os três níveis mais severos do fenômeno, configurando a situação mais grave de seca no País em março.

Em Minas Gerais, em março, a área total com seca subiu de 55% para 60% do Estado por causa das chuvas abaixo da média. Com isso, a seca extrema avançou no Triângulo Mineiro e a seca fraca se expandiu no nordeste, norte e sul de Minas.

Além disso, a seca fraca passou a moderada no noroeste mineiro. Considerando a área total com o fenômeno em março, o Estado registrou a terceira maior área nessa situação (355.436km²), ficando atrás da Bahia e Mato Grosso do Sul. Os impactos são de curto prazo no noroeste, nordeste e sudeste; e de curto e longo prazo nas demais áreas de Minas.

No Rio de Janeiro, entre fevereiro e março, a área com seca fraca saltou de 25% para 55%, especialmente no centro-sul fluminense, por causa das chuvas abaixo da média.

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. (Estadão Conteúdo)