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Trump diz que trabalhará com Congresso para impedir tiroteios em massa

01 de Setembro de 2019 às 20:41

Policiamento ao lado de fora do supermercado em El Paso, onde aconteceu um tiroteio no começo de agosto. Crédito da foto: Joel Angel Juarez / AFP (3/8/2019)

O presidente dos EUA, Donald Trump, comprometeu-se neste domingo (1º), horas após o último tiroteio em massa em território norte-americano, a trabalhar com o Legislativo para "frear a ameaça de ataques em massa". Ele salientou, porém, que qualquer medida deve satisfazer os objetivos de proteger a segurança pública e o direito constitucional de posse de armas.

"Queremos reduzir substancialmente o crime violento", afirma Trump. Ele acrescentou que seria "maravilhoso dizer" que trabalharia para "eliminar" os tiroteios em massa, mas reconheceu que isso era improvável.

As declarações de Trump ocorreram horas depois que um homem foi detido por uma infração de trânsito no Texas ter aberto fogo contra as tropas estaduais, matando sete pessoas e deixando 22 feridos antes de ser morto pela polícia. Autoridades disseram que ainda não sabem explicar porque o homem agiu dessa forma. Registros judiciais mostram que o atirador foi preso em 2001 e acusado por contravenção e resistência à prisão. Ele confessou culpa e entrou em acordo para cumprimento de pena por 24 meses.

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Os antecedentes criminais não impediriam o atirador de comprar armas legalmente no Texas, embora as autoridades não tenham informado onde ele conseguiu a arma utilizada no massacre. De qualquer forma, a ocorrência levanta mais uma vez a questão sobre maior controle de armas nos EUA. Trump, porém, pareceu lançar novamente dúvidas sobre o mérito de instituir verificações mais completas de antecedentes para a compra de armas.

O compromisso de Trump com o controle de armas está em dúvida desde que 17 pessoas foram mortas em um tiroteio em uma escola secundária de Parkland, Flórida, em fevereiro de 2018. Inicialmente, o presidente norte-americano saiu em defesa de verificações mais fortes de antecedente, mas rapidamente recuou sob pressão da National Rifle Association, o lobby dos proprietários de armas que apoiou fortemente a candidatura de Trump.

Mais recentemente, ele questionou os méritos de verificações mais fortes após os tiroteios consecutivos em El Paso (Texas) e Dayton (Ohio), que mataram mais de 30 pessoas cerca de um mês atrás. Em vez disso, Trump procurou citar os problemas de saúde mental. "Na maioria das vezes, infelizmente, se você olhar para os últimos quatro ou cinco (tiroteios) voltando mesmo cinco, seis ou sete anos, na maior parte, por mais fortes que sejam as verificações de antecedentes, elas não teriam parado nada disso", disse. "Portanto, é um grande problema. É um problema mental. É um grande problema."

Trump mencionou a necessidade de "medidas fortes para manter as armas fora das mãos de indivíduos perigosos e perturbados", juntamente com alterações em um sistema de saúde mental que ele descreveu como "quebrado". Ele também pediu para garantir que os criminosos com armas "sejam colocados atrás das grades e mantidos fora das ruas".

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"A segurança pública é a nossa prioridade número 1, sempre querendo proteger nossa Segunda Emenda. Tão importante", disse ele, referindo-se à emenda constitucional que estabeleceu o direito de manter e portar armas.

Trump disse a repórteres neste domingo que estava falando com parlamentares de ambos os partidos e "as pessoas querem fazer alguma coisa". Ele disse que o governo está "olhando muitas coisas diferentes" e espera ter um pacote pronto para o momento em que o Congresso voltar à sessão na próxima semana. (Estadão Conteúdo)