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Tribunal Eleitoral Boliviano autoriza Morales a disputar quarto mandato

05 de Dezembro de 2018 às 08:58

Evo Morales Em referendo, o povo boliviano rejeitou a reeleição de Morales - Foto: Stan Honda/AFP

O Tribunal Eleitoral Boliviano (TSE) deu nesta terça-feira (4) sinal verde ao presidente Evo Morales para disputar um quarto mandato consecutivo, apesar dos protestos populares e da resistência da oposição, que afirma que a candidatura é inconstitucional.

"O Tribunal Supremo Eleitoral, em virtude da jurisdição e competência que por lei exerce", aprovou a habilitação de nove candidaturas às primárias de janeiro, incluindo a do binômio Evo Morales-Alvaro García, informa uma declaração lida para a imprensa.

As forças de oposição pedem respeito à Constituição e à soberania do povo boliviano que, em um referendo de 21 de fevereiro de 2016, rejeitou a reeleição de Morales.

O governo desconsiderou o resultado do referendo alegando engano por uma trama sobre a existência de um filho do presidente, que depois não pôde ser comprovado, e conseguiu que no fim de 2017 o Tribunal Constitucional autorizasse a candidatura do presidente para um quarto mandato, argumentando quer era seu direito humano fazê-lo.

Três caravanas avançam rumo a La Paz contra uma nova candidatura do presidente boliviano, enquanto seu principal adversário, o ex-presidente Carlos Mesa, se consolida em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.

Estas caminhadas, que partiram dos Andes, dos vales subtropicais e da planície, se encontrarão em La Paz na quinta-feira para se unir a outras manifestações contra a reeleição de Morales, no poder desde 2006 e que pretende concorrer em outubro a mais um mandato, de cinco anos (2020-2025).

Uma recente pesquisa do jornal Página Siete consolidou no primeiro lugar das intenções de voto o ex-presidente e opositor Carlos Mesa (2003-2005) com 34%, seguido de Morales, com 29%.

Em um eventual segundo turno, se ninguém passar dos 50% de votos, a distância de Mesa em relação a Morales aumentaria, com 51% para o primeiro e 36% para o segundo. (AFP)

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