Buscar no Cruzeiro

Buscar

Sete candidatos permanecem na disputa para suceder May

13 de Junho de 2019 às 11:32

Sucessor de May estará à frente das negociações do Brexit - Foto: Ben Stansall/AFP (14/03/2019)

O carismático e polêmico Boris Johnson confirmou nesta quinta-feira (13) a posição de favoritismo para substituir Theresa May na liderança do Partido Conservador britânico, como chefe de Governo e à frente das negociações do Brexit em uma primeira votação que eliminou três dos dez aspirantes. Os 313 deputados conservadores votaram na primeira de uma série de rodadas destinadas a reduzir a disputa interna a apenas dois candidatos.

Duas mulheres e oito homens aspiravam a substituir May em Downing Street, mas três deles receberam menos do que os 17 votos necessários nesta quinta-feira: a ex-ministra de Relações com o Parlamento Andrea Leadsom, a ex-ministra do Trabalho e Previdência Esther McVey e o ex-diretor de disciplina parlamentar dos conservadores Mark Harper.

A votação serviu, sobretudo, para demonstrar o amplo favoritismo de Johnson. Ele foi o mais votado com 114 apoios, muito à frente do segundo colocado, o chanceler Jeremy Hunt (43).

[irp posts="130021" ]

 

"Obviamente estamos felizes com o resultado, mas ainda resta um longo caminho a percorrer para vencer a disputa", declarou à imprensa um porta-voz de Johnson, que não esconde há vários anos o desejo de assumir o maior posto do governo.

Depois de reconhecer a incapacidade para concretizar o Brexit, ante a rejeição do Parlamento ao acordo de divórcio que negociou durante dois anos com Bruxelas, May renunciou na sexta-feira como líder do Partido Conservador britânico.

Os sete candidatos que permanecem na disputa - Foto: STF/AFP

Ela permanecerá como primeira-ministra apenas até que o partido designe um sucessor, um processo que deve terminar em julho.

Dos três candidatos eliminados, McVey e Leadsom eram as mais fervorosas defensoras de um Brexit sem acordo, uma possibilidade temida que outros aspirantes contemplam em maior, ou menor medida.

A votação será organizada novamente na próxima semana, com o aumento do número de apoios necessários, até que restem apenas dois nomes. Essas indicações serão submetidas à votação dos 160.000 membros do partido entre meados e fim de julho. (Anna Cuenca - AFP)