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Senadores criticam ataque ao Capitólio e falam em retirar Trump do poder

07 de Janeiro de 2021 às 16:13

Trump: ‘Eleição ainda não acabou’ Crédito da foto: Olivier Douliery / AFP

O líder do partido Democrata no Senado dos Estados Unidos, Charles Schumer, de Nova York, defendeu nesta quinta (7) a retirada de Donald Trump da presidência do país por impeachment ou pela 25ª emenda. "O que aconteceu ontem (quarta-feira) no Capitólio foi uma insurreição contra os Estados Unidos incitada pelo presidente", disse em comunicado. "Este presidente não deveria mais ocupar o cargo por nem mais um dia."

Schumer afirmou que a "maneira mais rápida e efetiva" de tirar Trump do poder seria pela 25ª emenda. Segundo este processo, o presidente pode ser destituído do cargo pelo vice mais a maioria do Gabinete, ou pelo vice e um órgão designado pelo Congresso se eles determinarem que o presidente "é incapaz de exercer os poderes e deveres de seu cargo". "Se o vice-presidente e o Gabinete se recusarem a se levantar, o Congresso deve se reunir para destituir o presidente", disse Schumer.

A 25ª emenda também foi citada pelo deputado Adam Kinzinger, de Illinois. Também nesta quinta, ele se tornou o principal nome do partido Republicano a defender a retirada de Trump do poder. "Infelizmente, ontem ficou claro que não apenas o presidente abdicou de seu dever de proteger o povo americano e a Casa do Povo. Ele invocou e inflamou paixões que apenas alimentam a insurreição que vimos aqui", disse Kinzinger. "Quando pressionado a se mover e denunciar a violência, ele mal o fez, ao mesmo tempo que se vitimou e parecia dar uma piscadela e um aceno de cabeça para aqueles que o faziam". Kinzinger afirmou que invocar a 25ª emenda é uma forma de "acabar com este pesadelo".

Liderada pelos democratas, a Câmara aprovou impeachment de Trump no ano passado em processo relacionado à questão da Ucrânia, mas o presidente foi absolvido pelo Senado, liderado por republicanos. (Estadão Conteúdo)