Protestos por morte de Floyd se agravam nos Estados Unidos
Crédito da foto: Stephen Maturen / Getty Images / AFP
O policial demitido de Minneapolis que matou George Floyd, um homem afro-americano, algemado após se ajoelhar sobre seu pescoço durante uma abordagem foi denunciado ontem de homicídio, informaram os promotores. Na cidade, foi declarado um toque de recolher para frear a onda de distúrbios que ocorrem no local. Protestos foram registrados em outras cidades do país, inclusive em Washington, provocando o reforço na segurança da Casa Branca.
“O ex-policial de Minneapolis, Derek Chauvin, foi acusado pela procuradoria do condado de Hennepin por assassinato e homicídio culposo”, disse o procurador do condado, Mike Freeman. Chauvin é um dos quatro agentes demitidos após a divulgação do vídeo que mostra a imobilização e prisão de George Floyd na segunda-feira por supostamente pagar uma loja usando uma nota falsa de US$ 20.
Segundo o vídeo, Floyd, que estava algemado e deitado no chão, foi imobilizado na rua por Chauvin, que apoiou o próprio joelho sobre o pescoço do homem por ao menos cinco minutos.
Essas imagens culminaram em protestos carregados de revolta em Minneapolis, para onde centenas de tropas foram enviadas na manhã de ontem, após a terceira noite de manifestações.
Após atos antirracistas realizados de Nova York a Phoenix, o presidente Donald Trump criticou as autoridades locais, chamou os manifestantes de “bandidos” e ameaçou uma forte repressão.
“Diante de qualquer dificuldade, assumiremos o controle mas, quando começar o saque, começará o tiroteio”, tuitou. O Twitter ocultou, mas deixou acessível, o tuíte, assim como o próprio texto publicado depois na conta da Casa Branca, alegando que violava a política da rede social contra a apologia à violência. (AFP)