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Por precaução, países europeus suspendem uso da Astrazeneca

16 de Março de 2021 às 00:01

Por precaução, países europeus suspendem uso da Astrazeneca Fabricante alega que ocorrências estão dentro do esperado. Crédito da foto: Orlando Sierra / AFP

Mais cinco países europeus suspenderam o uso da vacina de Oxford/Astrazeneca para Covid. Alemanha, França, Espanha, Portugal e Itália dizem que tomaram a medida por precaução, após o registro de casos de trombose e mortes. A relação entre essas notificações e o uso do imunizante não está comprovada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda manter o uso. O produto já tem sido usado na campanha nacional de imunização do Brasil, com doses importadas, e também será fabricado no País pela Fiocruz -- com a primeira remessa entregue amanhã.

As doses da Astrazeneca representam em média 20% das que a União Europeia tem à disposição. A Itália já havia suspendido o uso de um lote na semana passada, após a morte de um militar e de um policial no sul do País. Os casos estão sendo investigados. O Ministério da Saúde da Alemanha disse que a decisão teve por base um conselho do órgão regulador de vacinas do País, o Instituto Paul Ehrlich, que pediu investigação mais aprofundada. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que vai suspender o uso do imunizante enquanto aguarda avaliação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), prevista para quinta. A Espanha informou que suspenderá o uso por ao menos duas semanas.

Portugal acompanhou os vizinhos. Áustria, Dinamarca, Islândia, Noruega, Bulgária, Tailândia e República Democrática do Congo já haviam interrompido temporariamente o uso da vacina.

De acordo com a Astrazeneca, dentre 17 milhões de vacinados na Europa, foram registrados somente 22 eventos de embolia pulmonar e 15 casos de trombose venosa profunda, índices que estariam dentro do esperado para a população em geral. “Os casos são em número muito menor do que seria esperado que ocorresse naturalmente e é semelhante ao observado com outras vacinas Covid-19 aprovadas”, disse. (Marco Antônio Carvalho - Estadão Conteúdo)