Papa faz 1ª viagem ao Iraque
Francisco pediu união entre cristãos e mulçumanos. Crédito da foto: Ayman Henna / AFP
O papa Francisco abriu a primeira visita papal ao Iraque ontem (5), com um apelo para que o país proteja sua diversidade centenária, exortando aos muçulmanos a abraçarem seus vizinhos cristãos como um recurso precioso e pedindo o respeito à comunidade cristã, “embora pequena como um grão de mostarda”. Francisco deixou de lado a pandemia do coronavírus e as preocupações com a segurança para retomar seu papado mundial, após um hiato de um ano com o bloqueio na Cidade do Vaticano. Seu principal objetivo no fim de semana é encorajar a população cristã cada vez menor do Iraque, que foi violentamente perseguida pelo Estado Islâmico e que ainda enfrenta a discriminação da maioria muçulmana, a ficar e ajudar a reconstruir o país devastado por guerras e conflitos. Ele foi o primeiro chefe da Igreja a visitar o Iraque
O governo iraquiano está ansioso para mostrar a relativa estabilidade que alcançou após a derrota do ‘califado‘ do Estado Islâmico. No entanto, as medidas de segurança eram rígidas.
Segurança
Francisco, que prefere estar com a multidão e em um papamóvel aberto, foi transportado por Bagdá em um BMWi750 preto blindado, acompanhado por fileiras de policiais em motocicletas.
Possivelmente incomodando por sua dor no nervo ciático, o papa mancou visivelmente durante a tarde. Ele, que está com 84 anos, quase tropeçou ao subir os degraus da catedral e um funcionário teve que ampará-lo.
A visita ao Iraque está de acordo com o esforço de longa data de Francisco para melhorar as relações com o mundo muçulmano, que se acelerou nos últimos anos com sua amizade com um importante clérigo sunita, o xeque Ahmed el-Tayeb. A situação atingirá um novo recorde com seu encontro no sábado com o principal clérigo xiita do Iraque, o Grande Aiatolá Ali al-Sistani, uma figura reverenciada em todo o mundo muçulmano. (Estadão Conteúdo)