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Papa aceita renúncia de mais dois bispos chilenos acusados de abuso

21 de Setembro de 2018 às 17:42

Carlos Eduardo Pellegrin Barrera é um dos bispos que deixaram a Igreja. Crédito da foto: Jose Tomas Gomez/ Aton Chile/ AFP

O papa Francisco aceitou nesta sexta-feira (21) a demissão de mais dois bispos do Chile, país que investiga vários casos de abuso sexual cometidos pelo clero, anunciou o Vaticano em um comunicado.  A Igreja católica chilena está no meio de uma tempestade desde a visita do pontífice no início do ano e da multiplicação de inquéritos -atualmente são 119- por casos de suspeita de abuso sexual por parte de membros da Igreja contra menores e adultos desde os anos 1960.

De acordo com a nota da Santa Sé, deixam o cargo dom Carlos Eduardo Pellegrin Barrera, 60, que atuava em San Bartlomé de Chillan, e dom Cristián Enrique Contreras Molina, da diocese de San Felipe. Ambos estão sendo investigados por suspeita de abuso sexual. Os dois foram substituídos por administradores apostólicos interinos.

Em 18 de maio, a conferência episcopal chilena anunciou que os 34 bispos que foram a Roma se reunir com o papa Francisco apresentaram seu pedido de demissão. O pontífice já havia aceitado a renúncia de outros cinco bispos chilenos, punindo, assim, uma hierarquia da Igreja acusada por vítimas de padres pedófilos de acobertarem os crimes. Entre as demissões acolhidas por Francisco, está a do polêmico dom Juan Barros, acusado de ter acobertado as ações de um padre pedófilo. Em sua viagem ao Chile em janeiro, o papa chegou a defendê-lo, em um primeiro momento.

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Viagem

O papa Francisco viaja neste fim de semana aos países Bálticos em meio a um alarme renovado sobre as intenções da Rússia na região. A 25ª viagem de Francisco ao exterior ocorre um quarto de século depois que o papa João Paulo 2º fez a primeira visita papal à ex-União Soviética e comemorou a saída de Lituânia, Letônia e Estônia de cinco décadas de dominação soviética.

Quando João Paulo 2º chegou, em 1993, as últimas tropas soviéticas tinham se retirado da Lituânia dias antes, e havia muito otimismo. Isso não se repete para a visita de Francisco, entre os dias 22 e 25 de setembro. (Folhapress) 

 

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