Buscar no Cruzeiro

Buscar

Minneapolis estuda mudanças na polícia

09 de Junho de 2020 às 00:01

Minneapolis estuda mudanças na polícia Ontem foi mais um dia de protestos nos Estados Unidos. Crédito da foto: Agustin Paullier / AFP

A Câmara Municipal de Minneapolis se comprometeu no domingo (7) a desmantelar o Departamento de Polícia e reconstruir a instituição, depois de o assassinato do afro-americano George Floyd por um policial branco ter provocado uma onda de protestos no país e no exterior contra o racismo nas forças de segurança.

“Nós nos comprometemos a desmantelar a polícia tal como a conhecemos na cidade de Minneapolis e a reconstruir com nossa comunidade um novo modelo de segurança pública que realmente mantenha a salvo a nossa comunidade”, disse à CNN a presidente da Câmara municipal, Lisa Bender.

O prefeito Minneapolis, Jacob Frey, se opõe a desmantelar o departamento. A promessa da maioria dos vereadores ocorreu um dia depois Frey ter sido vaiado em um comício no qual foi solicitado o fim do financiamento à polícia. Mais tarde, ele disse à AFP que apoiava “uma ampla reformas estrutural para revira o sistema estruturalmente racista, mas não abolir todo o departamento de polícia”.

Alondra Cano, outra integrante da Câmara, tuitou que a decisão foi tomada pela maioria dos membros da Casa, que concordaram em que o departamento de polícia “não é reformável e que, portanto, se acabará com o sistema atual”.

Um policial branco da polícia de Minneapolis foi acusado de homicídio contra Floyd em 25 de maio. Em um vídeo gravado por um pedestre, é possível ver o agente pressionando o joelho no pescoço de Floyd por quase nove minutos, enquanto o homem implorava por sua vida.

A morte de Floyd gerou uma onda de protestos majoritariamente pacíficos em todo o país contra o racismo das autoridades. E em alguns surgiram apelos pela retirada de recursos dos departamentos de polícia.

Fiança de ex-policial fica em US$ 1,2 mi

A fiança para o ex-policial Derek Chauvin, acusado de matar o afro-americano George Floyd há duas semanas, foi fixada, ontem, em US$ 1,2 milhão. Chauvin compareceu pela primeira vez ao tribunal na quinta-feira 4.

A fiança foi aumentada em US$ 250 mil nesta segunda após o procurador assistente de Minnesota Matthew Frank argumentar que “a gravidade das acusações” e a comoção pública tornariam mais provável uma tentativa de sair da prisão.

Chauvin é acusado de homicídio em segundo grau por ter se ajoelhado no pescoço de Floyd por quase nove minutos durante uma abordagem policial no dia 25 de maio por uma denúncia de suposto uso de uma nota falsa.

Congresso

Parlamentares democratas se ajoelharam ontem, no Congresso dos EUA para prestar 8 minutos de silêncio em homenagem a Floyd e outros negros americanos “que perderam a vida injustamente” pela violência de policiais brancos, antes de apresentar uma proposta de reforma orgânica da Polícia. (AFP)