May insiste em acordo de livre-comércio com Trump
A primeira-ministra britânica, Theresa May, defendeu um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos após o Brexit diante do presidente americano, Donald Trump, nesta quinta-feira, no início de uma visita de quatro dias do presidente americano ao Reino Unido.
A visita começou com o pé esquerdo. Logo antes de embarcar para Londres, Trump criticou o plano de May para o Brexit, anunciado nesta quinta.
No primeiro ato oficial, um jantar com empresários na mansão de Blenheim, perto de Oxford, onde nasceu Winston Churcill, em 1874, May fez um discurso com este pedido.
"Do Maine ao Alaska, mais de 1 milhão de americanos trabalham para empresas britânicas. Agora que nos preparamos para deixar a União Europeia, temos a oportunidade sem precedentes de fazer mais".
" concluiu a primeira-ministra.
Trump chegou ao aeroporto de Stansted vindo de Bruxelas, onde participou de uma cúpula da Otan, na qual voltou a criticar sua anfitriã pouco antes de ela apresentar o livro branco das futuras relações com a UE - que prevê a manutenção de laços comerciais estreitos.
"Não sei se votaram nisso. As pessoas votaram para se separar (da União Europeia), por isso imagino que é isso o que farão, mas talvez tomem um caminho diferente", comentou Trump.
Este documento já provocou a renúncia de dois ministros no início da semana: o do Brexit, David Davis, e o de Relações Exteriores, Boris Johnson - amigo de Trump.
- Londres se apega à 'relação especial'
A visita estará cercada de manifestações hostis.
Embora esteja hospedado na Winfield House, a residência do embaixador dos Estados Unidos perto de Regent Park, no centro de Londres, seu programa evitará a capital britânica, onde os protestos se concentrarão.
Assim, os encontros com a primeira-ministra Theresa May e a rainha Elizabeth II serão na mansão de Chequers e no castelo de Windsor, respectivamente, ambos fora da capital.