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Maratona homenageia vítimas do Muro de Berlim 30 anos após queda

17 de Agosto de 2019 às 13:59

Maratona homenageia vítimas do Muro de Berlim 30 anos após queda Corredores passam ao lado do que restou no Muro de Berlim. Crédito da foto: Tobias Schwarz / AFP (17/8/2019)

Centenas de corredores iniciaram, neste sábado (17), uma maratona de recordações ao longo da rota de 160 quilômetros do antigo Muro de Berlim. A competição ocorreu três décadas após sua queda.

Em sua oitava edição, a ultramaratona teve início às 6h e contou com cerca de 500 participantes de 32 nacionalidades diferentes. Os mais resistentes correrão durante toda a noite de sábado, antes de terminar o teste nas primeiras horas do domingo.

“Você sabe que vai ser difícil, mas tem que aceitar e dizer 'eu ainda posso ir mais longe'”, afirmou o sueco Patrik Gullerstrom, de 43. Ele já participou quatro vezes da maratona.

O itinerário passa por lugares emblemáticos, como o Portão de Brademburgo, o mítico Checkpoint Charlie e também por vários monumentos dedicados às 138 pessoas mortas quando tentavam se deslocar da Alemanha Oriental para a parte ocidental. “Muitos não fazem isso para correr rápido. Eles leem cada memorial ao longo do percurso”, conta Nina Blisse, uma das organizadoras da corrida.

As inscrições para o teste de 2020 serão abertas às 18h57, de 9 de novembro, momento exato em que a RDA comunista suspendeu a proibição de viagens em 1989, o que causou a queda do Muro. Os organizadores costumam ter histórias pessoais ligadas ao Muro. Um deles, Andreas Pfeiffer, ficou dois anos preso por ter tentado cruzar a Cortina de Ferro entre a Hungria e a Áustria. Foi solto pela Alemanha Ocidental.

“Eu nunca fui um corredor, mas quando ouvi sobre a corrida pela primeira vez, quis me envolver”, conta ele. O recorde do evento foi marcado em 2014 pelo britânico Mark Perkins, que terminou em 13 horas e 6 minutos. (Ryland James - AFP)

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