Justiça decide manter Ronaldinho preso preventivamente no Paraguai
Decisão foi tomada nesta terça-feira (10), pelo juiz Gustavo Amarrilla. Crédito da foto: Norberto Duarte / AFP (6/3/2020)
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto, mais conhecido como Assis, seguirão presos preventivamente na Paraguai, após decisão tomada pelo juiz Gustavo Amarrilla, nesta terça-feira (10) em Assunção.
"O juiz negou o pedido da defesa, que pediu liberdade provisória ou prisão domiciliar" para Ronaldinho, anunciou o promotor Osmar Legal em declarações aos jornalistas.
Ao lado do promotor, Amarilla explicou que decidiu manter a medida cautelar de prisão de Ronaldinho e Assis em concordância com o Ministério Público.
De acordo com o juiz, a magnitude do caso e o surgimento de novas evidências, além do envolvimento de funcionários públicos e empresários que viabilizaram a chegada de Ronaldinho ao Paraguai, requerem a presença do jogador em Assunção para que não se permita qualquer "obstrução da investigação".
"Reconheço que pode merecer uma medida menos dura. Mas é minha responsabilidade não entorpecer a investigação do Ministério Público. Isso aconteceria com um fuga", afirmou Amarrilla.
Legal explicou que é contrário à prisão domiciliar por considerar "ínfima" a fiança proposta pela defesa de Ronaldinho no valor de 800.000 dólares.
"Não é suficiente o valor oferecido para os dois acusados. O valor é ínfimo em relação à solvência econômica de um dos acusado", declarou o magistrado.
Ronaldinho e o irmão estão presos desde sexta-feira (6) no quartel do Grupamento Especializado da Polícia paraguaia.
Ambos chegaram ao Paraguai oriundos do Brasil na quarta-feira (4) para participar de eventos em prol de uma fundação de apoio a crianças indígenas. Ronaldinho também participaria da inauguração de um cassino.
Por envolvimento no caso, também estão presos um empresário brasileiro, dois funcionários da Imigração e duas mulheres com nacionalidade paraguaia. Um pedido foi oficializado pela captura da presidente da fundação Fraternidad Angelical, Dalia López.
Amarrilla afirmou ter acatado o pedido do Ministério Público para evitar que a ausência de Ronaldinho obstrua uma investigação que aponta para delitos de associação com o crime e lavagem de dinheiro.
"Há diversas diligências que precisam ser tomadas com a presença de ambos", concluiu o juiz na coletiva de imprensa. (AFP)
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