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Juiz paraguaio concede prisão domiciliar a Ronaldinho Gaúcho

07 de Abril de 2020 às 18:30

Ronaldinho continuará sendo investigado no Paraguai Ronaldinho e o irmão deixaram o tribunal de Assunção sem dar declarações à imprensa. Crédito da foto: Norberto Duarte / AFP (6/3/2020)

Atualizada às 18h38

Um juiz paraguaio concedeu prisão domiciliar ao ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho. Ele deverá continuar a responder o processo por uso de passaporte adulterado no Paraguai em um hotel em Assunção.

"A medida alternativa corresponde a Ronaldinho e seu irmão e a continuação de sua prisão em um hotel. Tenho o registro da aceitação dos gerentes do hotel para que, às suas próprias custas, permaneçam em prisão domiciliar lá". A informação partiu do juiz Gustavo Amarilla, em uma coletiva de imprensa.

Ronaldinho cumpriu um mês de prisão na segunda-feira (6) na Agrupação Especializada de Assunção. A medida também beneficia o irmão do ex-jogador da seleção brasileira, Roberto de Assis Moreira.

Os advogados de defesa pagaram fiança no valor de 1,6 milhão de dólares para os dois brasileiros. Amarilla, juiz garantista, aceitou a quantia oferecida e ordenou a libertação do ex-atleta da prisão.

Devido à epidemia de coronavírus, o juiz comunicou sua decisão ao acusado por celular. Estavam presentes um promotor e um representante da defesa.

Histórico

Ronaldinho chegou em 4 de março e foi recebido com entusiasmo por cerca de duas mil crianças e adolescentes no Aeroporto Internacional de Assunção. A agenda era destinada a ajudar crianças desamparadas por meio de uma fundação chamada Fraternidade Angelical.

Ao chegar ao terminal, ele e seu irmão e um empresário brasileiro que os acompanhava mostraram passaportes paraguaios reais, mas com conteúdo falso, às autoridades de imigração. A pena deve chegar a cinco anos de prisão.

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Ambos alegaram que os documentos lhes foram entregues de presente pela empresária que os convidou para ir ao Paraguai, chefe da fundação humanitária, até o momento foragida. Pela causa, outras 14 pessoas foram indiciadas e forçaram a renúncia do diretor de Migração.

A investigação tributária busca determinar em que contexto os documentos falsificados foram emitidos e qual o objetivo de seu uso no Paraguai, ambos tendo processado sua própria documentação brasileira. O juiz Gustavo Amarilla anunciou que Ronaldinho e seu irmão vão ficar em um hotel na rua central de Palma de Assunção.

O ex-jogador da seleção brasileira fez 40 anos em 21 de março. Nesse dia, ele estava preso na capital paraguaia. (com informações da AFP)