Itália usará aplicativo para rastrear casos de coronavírus
A pandemia, que já matou mais de 22 mil pessoas na Itália, infectou quase 170 mil. Crédito da foto: AFP/Alberto Pizzoli.
A Itália usará um aplicativo de smartphones para rastrear os casos de coronavírus com o objetivo de limitar sua propagação, que começará a ser testado em poucos dias em várias regiões da península.
Domenico Arcuri, comissário especial designado pelo governo italiano para a luta contra a Covid-19, assinou na quinta-feira o decreto que autoriza o uso do aplicativo, batizado de "Immuni" e criado pela empresa Bending Spoons de Milão, informa o site oficial do Executivo.
O aplicativo, criado com o apoio de um centro de especialistas médicos, respeita as normas estabelecidas da União Europeia em termos de privacidade de dados pessoais, afirma o site.
Está baseado na tecnologia bluetooth e não de geolocalização. As pessoas podem escolher voluntariamente se desejam fazer o download. Também podem controlar os dados pessoais, que não sairão do celular do usuário.
Com o objetivo de frear o contágio do vírus, as pessoas com resultado positivo para COVID-19 poderão enviar seus dados a um servidor, que retrocede no tempo para estabelecer todos os contatos que teve por meio do bluetooth e, assim, rastrear a circulação do vírus.
A empresa Bending Spoons cedeu ao governo de forma gratuita todos os direitos para uso do aplicativo, assim como suas atualizações, de acordo com o site.
A pandemia, que já matou mais de 22.000 pessoas na Itália, infectou quase 170.000, o que obrigou as autoridades a determinar, há mais de um mês, o confinamento total de 60 milhões de italianos.
A Itália também vai adotar gradualmente testes sorológicas para detectar as pessoas que desenvolveram alguma forma de imunidade contra o novo coronavírus graças à presença de anticorpos.
Attilio Fontana, presidente da região da Lombardia, a mais afetada com quase 12.000 mortes, anunciou o início em 21 de abril de testes sorológicos em várias cidades.
Os sistemas devem servir para diminuir a taxa de transmissão e contribuir para que o país saia do confinamento com segurança, explicaram fontes do governo. (AFP)
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