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Índia confina capital para conter o vírus

20 de Abril de 2021 às 00:01

Índia confina capital para conter o vírus Trabalhadores migrantes tentam deixar Nova Délhi. Crédito da foto: Sajjad Hussain / AFP

A Índia adotou, desde ontem, um novo confinamento de uma semana na capital Nova Délhi, para tentar conter um grande aumento dos casos. de Covid-19. O país, de 1,3 bilhão de habitantes, registrou o recorde 273.810 contágios ontem -- quinto dia consecutivo com mais de 200.000 casos. Já são mais de 15 milhões de casos desde o início da pandemia.

As autoridades indianas também anunciaram o início da vacinação para todos os adultos a partir de 1º de maio. Sua ambição de vacinar toda a população é impedida pela falta de doses. Até sábado, o país aplicou apenas 117 milhões.

Para responder às grandes necessidades, a Índia -- que possui a maior fábrica de vacinas do mundo, o Serum Institute -- interrompeu as autorizações de exportação.

A Índia, que deu sua autorização emergencial na semana passada para a vacina russa Sputnik V, depois de aprovar a Covishield da Oxford/AstraZeneca e a Covaxin da empresa local Bharat Biotech, anunciou também que vai acelerar o processo de aprovação de vacinas produzidas fora do território indiano.

Nesta segunda-feira, o ministério da Saúde anunciou que “durante uma reunião presidida pelo primeiro-ministro Narendra Modi foi tomada a importante decisão de permitir que todas as pessoas maiores de 18 anos se vacinem a partir de 1º de maio.”

Em Nova Délhi -- a cidade mais afetada pela doença na Índia -- foram registrados 25.500 novos casos no domingo. “Se não impormos um confinamento agora, teremos um desastre maior. A partir desta noite teremos um confinamento até a próxima segunda-feira”, afirmou o ministro chefe de Nova Délhi, Arvind Kejriwal.

“O sistema de saúde de Nova Délhi está à beira do colapso. A situação da covid-19 é bastante crítica”, disse Kejriwal. O governante anunciou que o comércio permanecerá fechado na cidade e os deslocamentos serão autorizados apenas para os serviços considerados essenciais. (AFP)