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Governo Trump tenta acelerar deportação de imigrantes ilegais

17 de Agosto de 2018 às 16:50

O secretário de Justiça, Jeff Sessions, emitiu uma ordem para acelerar o processo de deportação de imigrantes ilegais. Crédito da foto: Saul Loeb/ AFP

O secretário de Justiça americano, Jeff Sessions, emitiu nesta quinta-feira (16) uma ordem para acelerar o processo de deportação de imigrantes ilegais e afirmou que o julgamento dos casos de remoção só poderia ser adiado após a comprovação de "uma boa causa".

A decisão foi criticada por advogados e parlamentares. Mas, segundo Sessions, estabelecer uma boa causa para adiar os casos é importante para limitar o discernimento de juízes de imigração e impedir que eles adiem por qualquer motivo ou mesmo sem razão. Segundo o secretário, para citar "boa causa" é preciso saber se o imigrante conseguirá se manter no país, seja por asilo ou após receber visto de residência ou trabalho.

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Em entrevista à agência Reuters, Stephen Kang, advogado da ACLU, organização de defesa dos direitos civis, qualificou a ordem de Sessions de "perturbadora". Ele disse que o secretário parece indicar que os imigrantes que tentam ganhar tempo para preparar melhor seus casos estão buscando "burlar o sistema e evitar a deportação". O advogado lembra que os imigrantes precisam de tempo para conseguir ajuda de defensores e ter "seus casos devidamente ouvidos".

Na quinta-feira, o governo americano anunciou a contratação de 23 novos juízes de imigração, o que eleva o total de magistrados do tipo para 351. Até o final do ano, o número de contratados deve subir para 75, segundo o escritório para revisão de imigração"Contratar mais juízes de imigração e reduzir o tempo para contratar um juiz são dois elementos-chave para diminuir os casos pendentes nos tribunais de imigração", afirmou Sessions na ocasião.

Em abril, o secretário foi responsável por implementar a política de tolerância zero adotada pelo governo Donald Trump contra imigrantes flagrados tentando entrar ilegalmente nos EUA a partir da fronteira com o México. Famílias passaram a ser separadas e crianças e adolescentes foram enviados para abrigos espalhados pelo país para tentar desestimular novos imigrantes de fazer a travessia.

A forte reação negativa gerada pela medida tanto nos Estados Unidos como na comunidade internacional fez com que, em junho, o presidente Trump recuasse e colocasse um fim às separações de famílias. Cerca de 3.000 menores foram separados dos pais durante a vigência da política de tolerância zero. (Danielle Brant - Folhapress)

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