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Governo americano aprova remédio para combate à covid-19

01 de Maio de 2020 às 17:14

Governo americano aprova remédio para combate à covid-19 Medicamento remdesivir pode ser usado para o combate da covid-19. Crédito da foto: AFP

O remdesivir acelera o tempo de recuperação em pacientes com covid-19, de acordo com um importante estudo realizado nos EUA. Dessa forma, ele tornou-se o primeiro medicamento com benefícios comprovados contra a doença.

Ele ajuda no tratamento para combater a covid-19. Não é uma cura da doença.

O medicamento é um antiviral experimental de amplo espectro fabricado pela farmacêutica americana Gilead Sciences, que foi desenvolvido pela primeira vez para tratar o Ebola, uma febre hemorrágica viral.

Em 2016, esse remédio entusiasmou os pesquisadores em um estudo realizado com primatas, e foi usado durante uma importante pesquisa na República do Congo, sendo comparado com outros três medicamentos.

No entanto, esse estudo foi concluído em 2019 porque o medicamento não conseguiu aumentar as taxas de sobrevivência como os outros dois anticorpos monoclonais, proteínas do sistema imunológico projetadas em laboratório.

Em fevereiro, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (Niaid) anunciou que o remdesivir seria novamente testado, dessa vez em uma pesquisa sobre o SARS-CoV-2, o patógeno que causa o covid, porque era promissor em testes em animais contra os coronavírus SARS e MERS.

Eficácia

Na última quarta-feira, o Niaid anunciou os resultados de seu estudo, que contou com mil pessoas e teve como conclusão que pacientes hospitalizados com problemas respiratórios por covid-19 tratados com a droga melhoraram mais rapidamente do que os casos resolvidos com um placebo.

Os pacientes que tomaram o medicamento se recuperaram em média 31% mais rápido. "Embora os resultados tenham sido claramente positivos, do ponto de vista estatisticamente significativo, eles foram pequenos", disse nesta quinta-feira Anthony Fauci, cientista chefe do Niaid.

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Em outras palavras, funciona, mas não é uma cura milagrosa. No entanto, ele pode abrir o caminho para melhores tratamentos, assim como os primeiros medicamentos desenvolvidos para o tratamento do HIV nos anos 80, muito menos eficazes do que os usados atualmente. (AFP)