Agora começa a parte mais difícil. Primeiro, May enfrenta a disputa política de sua vida para conquistar apoio para o acordo no seu próprio Parlamento, que deve votá-lo no começo de dezembro.
Dezenas de companheiros de seu Partido Conservador, bem como o Partido Trabalhista, ameaçaram rejeitar o pacto. Se May perder, ela terá de correr contra o relógio para renegociar os termos – e garantir sua aprovação – antes que o Reino Unido tenha de deixar o bloco, no dia 29 de março de 2019.
Porém, os líderes da União Europeia já avisaram que se o Parlamento britânico rejeitar o acordo, não serão oferecidas condições melhores. O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse nesta manhã que o acordo foi “muito equilibrado”, sem vencedores ou perdedores. Ele alertou que, se o Parlamento votar contra, Londres terá dificuldades para negociar novas mudanças.
Mesmo que o acordo do Brexit seja aprovado pelo Parlamento, o Reino Unido irá iniciar negociações – que provavelmente levarão anos – para estabelecer novas relações de comércio e segurança com a União Europeia. Isso porque quando o país votou a favor da saída, ele efetivamente decidiu desfazer quatro décadas de tomadas de decisão conjuntas – sobre leis e regulações que abrangiam desde o compartilhamento de informações sobre criminosos e terroristas até normas alimentares e impostos – que regem a relação do Reino Unido com seu maior parceiro comercial
Como resultado, a menos de quatro meses para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia continua como um salto no escuro, com empresas, bancos e famílias incertos de como se preparar. Fonte: Dow Jones Newswires. (Estadão Conteúdo)