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Flórida se prepara para chegada de Michael como furacão de categoria 3

09 de Outubro de 2018 às 16:55

Com medo do furacão, trabalhadores pregam madeiras na fachada de uma pizzaria. Crédito da foto: Brendan Smialowski/ AFP

O norte da Flórida se preparava nesta terça-feira (09) para o enorme furacão Michael que chegará na quarta-feira (10) ao sudeste americano com ventos de categoria 3. "O tempo para se preparar está acabando", escreveu o governador da Flórida, Rick Scott. "Esta é uma situação séria de risco de vida, não assuma nenhum risco. Se disserem para evacuar, evacue".

A Flórida e o estado vizinho do Alabama declararam estado de emergência e as áreas costeiras na zona de impacto estão sob ordens de evacuação obrigatória. De acordo com a rede ABC, isso afeta ao menos 120.000 pessoas. "O furacão Michael é uma tempestade enorme", disse o governador após declarar na segunda-feira o estado de emergência para 35 condados do norte e do oeste.

O furacão de categoria 2 passava na manhã desta terça com ventos máximos de 155 km/hora no Golfo de México, a 635 km ao sul de Panama City, na Flórida. A cidade sofrerá o impacto direto de Michael na quarta-feira, na primeira hora da tarde. "Espera-se que continue se fortalecendo", escreveu o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), com sede em Miami, em seu boletim das 11H00 GMT (8H00 horário de Brasília). "O prognóstico é que Michael será um furacão de grande intensidade [categoria 3 de 5] ao tocar terra na Florida", acrescentou.

Depois vai enfraquecer enquanto entra pelo sudeste americano, para a Geórgia e as Carolinas. O NHC emitiu um alerta de furacão para a fronteira entre o Alabama e a Flórida e alerta de ressaca para a costa noroeste da Flórida, do extremo norte até Tampa. O presidente Donald Trump disse nesta terça que entrou em contato com autoridades e assegurou que o governo estava pronto para responder a esta emergência. "Estamos muito bem preparados. A Agência Federal para Situações de Emergência (FEMA) está pronta. Todos estamos prontos. Falamos com o governador Scott, falei com todos que tinha que falar", garantiu Trump aos jornalistas na Casa Branca.

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Maré potencialmente mortal

As ondas podem atingir até 3,6 metros em algumas áreas do oeste da Flórida, enquanto se espera de 10 a 20 cm de chuva no oeste de Cuba e no noroeste da Flórida. "Estamos a 12 horas de começar a sentir o impacto", disse Scott à ABC News. "O potencial de uma maré de 12 pés [3,6 metros] é simplesmente mortal". O tráfego começava a se acentuar, enquanto as filas nos postos de gasolina continuavam e os moradores preparavam sacos de areia para proteger suas casas. Na manhã desta terça-feira, Florida Keys já sentia fortes chuvas do furacão.

O prefeito de Tallahassee, o democrata Andrew Gillum, suspendeu suas atividades de campanha para o governo da Flórida e retornou à capital no norte do estado para participar dos preparativos. "Temos muitas árvores nesta comunidade, esta cidade é coberta de árvores", disse Gillum nesta terça, anunciando os preparativos em Tallahassee. "Isso significa que podem cair nos postes de energia, o que provocará uma interrupção do serviço de fornecimento elétrico", acrescentou, incentivando os moradores a se prepararem por vários dias sem energia. A autoridade eleitoral prorrogou o prazo para se registrar para votar nas áreas sob estado de emergência para as eleições de 6 de novembro. O prazo terminava nesta terça-feira.

Em setembro, o furacão Florence atingiu o sudeste dos Estados Unidos como um furacão de categoria 1 e inundou grandes partes dos estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul, norte da Flórida. No ano passado, uma série de furacões catastróficos atingiu o Atlântico ocidental. Os mais devastadores foram Harvey no Texas, Irma no Caribe e Flórida e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3.000 mortos no território americano de Porto Rico.

Os cientistas têm alertado que o aquecimento global produzirá ciclones mais destrutivos e, segundo alguns, a evidência já é visível. A temporada de furacões no Atlântico termina em 30 de novembro. Este ano houve 13 tempestades nomeadas, sete das quais se tornaram um furacão. (Leila Macor - AFP)

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