Buscar no Cruzeiro

Buscar

Dorian deixa 43 mortos e rastro de destruição nas Bahamas

07 de Setembro de 2019 às 11:22

Dorian deixa 43 mortos e rastro de destruição nas Bahamas Casas ficaram destruídas após a passagem do furacão nas Bahamas. Crédito da foto: Adam DelGiudice (6/9/2019)

O furacão Dorian matou ao menos 43 pessoas nas Bahamas. Ele deixou um rastro de devastação e milhares de desabrigados a procura de água e alimentos. As informações são das autoridades locais.

Dorian, que varreu as Bahamas como furacão de categoria máxima (5), deixou ainda centenas de desaparecidos. O número de óbitos deve aumentar nas próximas horas, a medida em que avançam os trabalhos de resgate.

O primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, lamentou a “devastação geracional” causada pelo Dorian. Sobre o número final de mortos, declarou: “Deixe-me dizer que acho que será chocante”.

Funcionários de funerárias e de necrotérios foram enviados para a região para ajudar as autoridades. A informação é do ministro da Saúde, Duane Sands.

Danos catastróficos

Uma equipe da AFP que sobrevoou a cidade de Marsh Harbour, na ilha de Great Abaco, na quinta-feira, viu cenas de danos catastróficos. Também flagrou centenas de casas destruídas, carros derrubados, campos inteiros de escombros e inundações generalizadas.

Milhares estão desabrigados nas Bahamas. As Nações Unidas disseram que 70 mil precisam de ajuda imediata.

Um primeiro grupo de habitantes da ilha Ábaco, integrado por 260 pessoas, chegou a Nassau na noite desta sexta-feira (6). Eles estavam a bordo de um ferry fretado pelo governo, constatou a AFP no local.

Outro ferry com moradores de Ábaco deve chegar a Nassau nas próximas horas. Melanie Lowe, que chegou no ferry com seus quatro filhos e um cachorro, explicou que sua casa ficou parcialmente destruída. “Estou feliz por ter uma boa noite de sono, um banho e o que comer.”

Lowe encontrou um lugar para dormir em Nassau. Portanto, não irá para o abrigo montado em um ginásio pelo governo local, que recebeu cerca de 200 evacuados.

O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), com sede em Miami, rebaixou Dorian para a categoria 1 nesta sexta-feira (6). Segundo o NHC, Dorian tocou a terra no Cabo Hatteras, nos Outer Banks.

Milhares de residentes dos Estados Unidos, da Flórida à Virgínia, temiam o pior com a passagem de Dorian. Mas a costa escapou ilesa em grande medida.

‘Inferno por todo o lado’

O lento e monstruoso furacão também castigou a costa da Carolina do Sul. Como consequência, inundou a histórica cidade de Charleston, mas não há informes de vítimas.

Muitos moradores das zonas costeiras das Carolinas do Norte e do Sul acataram as ordens de evacuação. Enquanto outros protegeram suas casas com tábuas.

Trump no Twitter

No Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que conversou com os governadores das Carolinas do Norte e do Sul. Ele lhes garantiu que está “pronto para ajudar”.

Sobreviventes

A extensão dos danos no norte das Bahamas começou a ser conhecida sexta-feira. Isso ocorreu à medida que as equipes de socorro conseguiam percorrer a área para resgatar sobreviventes e levar ajuda às vítimas.

“É um inferno por toda a parte”, desabafou Brian Harvey, um canadense de Montreal. “Estava no meu veleiro (...) Perdi tudo”, completou. “Precisamos sair daqui”, acrescentou. “Foram quatro, ou cinco dias. É hora de mudar, sair daqui”, completou.

Steven Turnquest, que chegou à capital das Bahamas, Nassau, de Marsh Harbour, com seus filhos de quatro e sete anos, disse estar grato por estar vivo. “Sobrevivi ao furacão agarrado a uma porta”, contou.

Em meio ao temor de que criminosos se aproveitem do caos na zona devastada, o primeiro-ministro Minnis advertiu que qualquer saqueador será castigado “com todo o peso da lei”. Ele afirmou que foram enviados agentes extras das forças de segurança.

Cuidados com a saúde

Helicópteros americanos e britânicos fizeram evacuações médicas, avaliações aéreas para ajudar a coordenar os esforços de socorro e voos de reconhecimento para conhecer os danos. A Guarda Costeira dos Estados Unidos resgatou 201 pessoas nas Bahamas até quinta-feira.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU anunciou que há oito toneladas de comida prontas para serem enviadas para as Bahamas. (Lucie Aubourg e Gilles Clarenne - AFP)

[irp posts="161780" ]