Contaminação por coronavírus já atingiu 60 países e 85 mil pessoas
Uma mulher caminha numa rua de Guadalajara, no México, onde casos da doença também já foram confirmados. Crédito da foto: AFP/Ulises Ruiz
O novo coronavírus infectou mais de 85 mil pessoas e matou mais de 2,9 mil pessoas em todo o mundo. A China continental, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, contabiliza mais de 79 mil casos, incluindo 2.835 mortes. Em outras partes do mundo, quase 60 países e territórios são afetados.
A Coreia do Sul, o segundo país mais afetado, registrou neste sábado 813 casos adicionais, o maior aumento diário até o momento, com um total de 3.150 contaminações, incluindo 16 mortes. Outro sinal preocupante é que o país registrou seu primeiro caso de recontaminação.
No Irã, as autoridades relataram nove novas mortes neste sábado, elevando o número oficial de mortos para 43 e o de infectados a 593. Mas, de acordo com a rádio BBC persa, que cita fontes hospitalares, pelo menos 210 pessoas teriam morrido no país, um balanço negado pelo governo.
Na Itália, o coronavírus infectou quase 900 pessoas, incluindo 21 fatalmente.
Nos Estados Unidos, quatro casos separados de contaminação de origem desconhecida foram confirmados.
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Economia mundial
Na China, a atividade manufatureira caiu ao nível mais baixo de todos os tempos, após medidas drásticas tomadas pelas autoridades para conter a propagação do vírus. O Bureau Nacional de Estatística (BNS) indicou que o impacto é ainda "mais sério" nos serviços (transporte, hotelaria, restauração, turismo).
O Federal Reserve (Fed) dos EUA disse que está pronto para intervir, se necessário, considerando, porém, que "os fundamentos da economia americana permanecem sólidos". Já o governo italiano adotou uma série de medidas financeiras para aliviar o setor do turismo, fortemente atingido.
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Semana sombria
Temendo as consequências devastadoras da epidemia, os mercados de ações do mundo estão tendo sua pior semana desde a crise financeira de 2008. Wall Street fechou sexta-feira com suas maiores perdas semanais desde o auge da crise financeira. O Dow Jones caiu mais de 12% nos últimos cinco dias.
Os principais mercados asiáticos e europeus terminaram com quedas entre -3% e -5%. Os preços do petróleo também estão despencando, atingindo os níveis mais baixos em mais de um ano.
Restrições e fechamentos
Os Estados Unidos recomendaram que seus cidadãos evitem viagens desnecessárias à Itália, enquanto em Roma mais de 50% das reservas feitas até o final de março foram canceladas.
A Arábia Saudita, que suspendeu a concessão de vistos a cidadãos dos países mais afetados, proibiu que nacionais de países membros do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) entrem em suas cidades sagradas de Meca e Medina.
O Líbano anunciou o fechamento de suas escolas e universidades, bem como a proibição de entrada em seu território de viajantes da China, Itália, Irã e Coreia do Sul.
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Cancelamentos em cascata
Washington adiou a cúpula com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), a ser realizada em Las Vegas em março.
Na Itália, cinco partidas do campeonato de futebol previstas para este fim de semana, incluindo o confronto entre Juventus e Inter de Milão no domingo, foram adiadas para 13 de maio.
A França anulou todos os "eventos reunindo mais de 5.000 pessoas" em local fechado e alguns eventos externos, como a meia maratona de Paris, neste domingo (1). (AFP)