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Confrontos na Venezuela deixam ao menos 57 manifestantes feridos

30 de Abril de 2019 às 18:58

Partidários da oposição venezuelana reagem ao gás lacrimogêneo em Caracas, na Venezuela. Crédito da Foto: Divulgação/Agência Brasil

O Hospital de Chacao, o mais próximo aos arredores da Base Aérea de La Carlota, onde ocorreram confrontos entre partidários da oposição e militares pró-Maduro, disse ter atendido ao menos 50 feridos nos protestos desta terça-feira (30). De acordo com a ONG Foro Penal, ao menos 11 opositores ao regime de Maduro foram presos nos Estados de Carabobo, Lara, Táchira e Zulia. Segundo a imprensa local, o número de feridos chega a 57.

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Ao menos 30 deles foram feridos com balas de borracha e outros 16 tiveram traumas por pancadas. Outros três apresentaram problemas respiratórios por inalar gás pimenta e um teve ferimento a bala. O hospital tem recursos para tratar os feridos graças a doações feitas pela Cruz Vermelha.

Forças Armadas

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, considera que o apoio da alta cúpula das Forças Armadas da Venezuela ao oposicionista Juan Guaidó não foi confirmado ao longo do dia, como chegou a ser anunciado pelo presidente autoproclamado no início da manhã. Para Heleno, não há expectativa de solução no curto prazo para a crise no país vizinho e o cenário segue indefinido. "Não se sabe quanto tempo irá demorar para uma solução que leve à saída de (Nicolás) Maduro do País".

Imagens gravadas nas ruas de Caracas mostram veículos militares nas ruas disparando jatos de água e avançando sobre a população, que reage com pedras e coquetéis molotov. A população também tem relatado dificuldade de acessar alguns sites e redes sociais.

Segundo Guaidó, a frente oposicionista ganhou novos aliados entre os militares, por isso ele apelou por nova investida para colocar fim na "usurpação", como classificou o governo. Ele esteve na Praça Altamira, em Caracas. Guaidó estava acompanhado de Leopoldo López, um dos principais opositores de Maduro que estava em prisão domiciliar até conseguir liberdade nesta terça-feira. Porém, López se refugiou na residência diplomática do Chile na tarde desta terça-feira (30). (Estadão Conteúdo)