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Astronautas russos e norte-americana partem para Estação Espacial

14 de Outubro de 2020 às 09:11

A nave Soyuz MS-17 decolou nesta quarta-feira (14) com sucesso rumo à Estação Espacial Internacional. Crédito da Foto: Andrey SHELEPIN / Russian Space Agency Roscosmos / AFP (14/10/2020)

Um trio de astronautas, que inclui dois russos e uma norte-americana, decolou nesta quarta-feira (14) com sucesso rumo à Estação Espacial Internacional, utilizando pela primeira vez uma manobra rápida para chegar em apenas três horas.

Kate Rubins, da Nasa, a estação espacial norte-americana, Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov, da agência espacial russa Roscosmos, decolaram a bordo da nave Soyuz MS-17 às 10:45 (horário local), das instalações de lançamento espacial situadas em Baikonur, no Cazaquistão, para um período de seis meses na estação.

O foguete russo Soyuz MS-17 se "acoplou", de acordo com o previsto, às 8h48 GMT (5H48 de Brasília), à Estação Espacial, anunciou a agência espacial russa Roskosmos em um comunicado. "Um novo recorde foi estabelecido. O tempo total entre o lançamento e o acoplamento foi de 3 horas e 3 minutos" destacou a agência.

Com este recorde, o tempo dos voos tripulados rumo à ISS foi reduzido à metade - antes duravam no mínimo seis horas. A viagem foi possível graças a um novo sistema de orientação dos foguetes Soyuz.

Missão espacial

O trio irá juntar-se ao comandante da Nasa na estação, Chris Cassidy, e aos astronautas da agência espacial russa Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner, que estão no complexo desde abril e deverão regressar à Terra em 21 de outubro.

A nova tripulação deverá continuar a trabalhar em centenas de experiências biológicas, biotecnológicas, físicas e científicas. Entre as missões a serem realizadas, está também a selagem de vazamentos de ar detectados na estação no fim de agosto.

Kate Rubins, da Nasa, a estação espacial norte-americana, Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov, da agência espacial russa Roscosmos, decolaram a bordo da nave Soyuz MS-17. Crédito da Foto: Andrey SHELEPIN / Russian Space Agency Roscosmos / AFP (14/10/2020)

"Não existe uma instalação absolutamente estanque, sempre existiram e continuarão a existir vazamentos, o problema é que um dos atuais é um pouco maior do que o esperado, mas não afeta a segurança da tripulação ou a capacidade de trabalho da estação", explicou o capitão Sergey Ryzhikov, nessa terça-feira.

A tripulação também deverá testemunhar a chegada, prevista para 1º de novembro, da missão SpaceX Crew-1, da empresa de transporte aeroespacial SpaceX, propriedade do empresário Elon Musk, que levará os astronautas da Nasa Mike Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker e o japonês Soichi Noguchi à estação espacial.

Estação bilionária

A Estação Espacial Internacional, um projeto de mais de US$ 150 bilhões do qual participam 15 nações, consiste atualmente em 15 módulos permanentes, orbitando a uma distância de 400 quilômetros e a uma velocidade de mais de 27 mil quilômetros por hora.

Em entrevista na véspera do lançamento, a astronauta norte-americana Kate Rubins disse que a tripulação passou semanas em quarentena nas instalações de treino da Star City, a principal base de treino para os cosmonautas da Rússia, e depois em Baikonur, para evitar qualquer ameaça do novo coronavírus.

Decolagem

A decolagem da nave russa com destino à Estação Espacial Internacional foi a primeira desde que, em 30 de maio, o foguete americano SpaceX rompeu nove anos de monopólio russo nas viagens à ISS, com uma decolagem do Centro Espacial John F. Kennedy (Flórida).

A ISS continua sendo, no entanto, um dos poucos exemplos de cooperação que persistem entre os russos e os países ocidentais. Os astronautas dos dois países ressaltaram a capacidade das viagens espaciais para unir nações rivais por uma causa comum. (Da redação, com informações da AFP e Agência Brasil)

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