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Vovôs dão lição de cidadania no ‘jogo’ contra o coronavírus

09 de Abril de 2020 às 00:01

Vovôs dão lição de cidadania no ‘jogo’ contra o coronavírus Aos 70 anos, Leão diz que respeita isolamento. Crédito da foto: Reprodução / Instagram

Emerson Leão, Zé Maria, Clodoaldo, Muricy Ramalho e César Maluco deixaram seus nomes na história de Palmeiras, Corinthians, Santos e São Paulo. Eles fizeram parte de times históricos e travaram duelos inesquecíveis. Atualmente, os cinco têm mais de 60 anos e fazem parte do grupo de risco para o novo coronavírus, mas demonstram a mesma disposição e garra que os tornaram ídolos em seus clubes para combater a Covid-19.

Assim como dentro das quatro linhas, o quinteto possui estilos diferentes para lidar com os dias de confinamento em suas casas. Aos 70 anos, Leão, goleiro do Palmeiras por uma década (1968 a 1978) e da seleção brasileira em quatro Copas do Mundo (1970, 1974, 1978 e 1986), mantém seu estilo regrado de dormir e acordar cedo, além de manter a forma ao cortar a grama e limpar a piscina de casa.

Também às vésperas dos 70 anos, Zé Maria, lateral-direito do Corinthians de 1969 a 1983 e da seleção nas Copas de 1970 e 1974, mantém a determinação que o tornou um dos maiores símbolos do time de Parque São Jorge para cuidar da horta e dar suas “10 ou 12” corridinhas todos os dias no quintal de casa.

Clodoaldo, substituto de Zito na cabeça de área do Santos, utiliza parte do tempo de isolamento social para rever os jogos da Copa de 1970, no México. Muricy, o mais jovem do grupo (64 anos), ex-meia, sofre com a distância imposta à neta Maria Clara.

Já Cesar Maluco, um dos maiores artilheiros da história do Palmeiras, aos 74 anos, sente falta do dia-a-dia no Palestra Itália, onde exerce o papel de conselheiro do clube. No entanto, ao contrário de muitos jovens, os vovôs do futebol dão uma lição de cidadania, bom humor, criatividade e força de vontade para continuar em um jogo diante de um adversário quase invisível. (Estadão Conteúdo)