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STJD rejeita pedido do Palmeiras e mantém Corinthians como campeão paulista

19 de Setembro de 2018 às 15:00

A decisão do árbitro irritou os jogadores do Palmeiras e gerou confusão. Crédito da foto: Ricardo Nogueira/ Folhapress

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) rejeitou, na manhã desta quarta-feira (19), no Rio, o pedido do Palmeiras para impugnar o jogo de volta da final do Campeonato Paulista. Por unanimidade, os auditores que julgaram o caso concluíram que o clube não apresentou provas de que houve interferência externa para que a arbitragem voltasse atrás na decisão inicial da marcação de um pênalti do volante Ralf sobre o atacante Dudu, no segundo tempo do confronto, no Allianz Parque, quando o Corinthians vencia o arquirrival por 1 a 0.

Naquela ocasião, a vitória no tempo normal levou a disputa do título às cobranças de penalidades, nas quais o time corintiano triunfou por 4 a 3 para ficar com a taça. Assim, o clube do Parque São Jorge continua mantido como o campeão estadual de 2018.

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A partida de volta da decisão estadual foi realizada no dia 8 de abril e a diretoria do Palmeiras argumenta que houve interferência externa para o árbitro Marcelo Aparecido de Souza marcar e, depois de oito minutos e muitas reclamações dos jogadores corintianos, cancelar o pênalti de Ralf sobre Dudu que ele havia assinalado.

Para tentar impugnar a final, o Palmeiras recorreu a vídeos, imagens e elaborou um documento com mais de cem páginas para reforçar a tese de que o árbitro voltou atrás na marcação do pênalti e assinalou escanteio após ser comunicado por dirigentes da Federação Paulista de Futebol (FPF) que estavam fora do campo.

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O Palmeiras até contratou uma empresa norte-americana especializada em inteligência, a Kroll, para ajudar a elaborar o material. O dossiê chegou a ser entregue ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) em São Paulo, mas o clube perdeu o caso porque o órgão entendeu que o material foi recebido depois do prazo de 48 horas após o apito final do jogo. Depois, porém, a diretoria alviverde recorreu ao STJD, que aceitou acatar a reclamação palmeirense e julgar o pedido de impugnação da final do Paulista

Nesta quarta-feira, porém, os auditores Otávio Noronha, Ronaldo Piacente, Antônio Vanderlei e Mauro Marcelo de Lima e Silva, além da auditora Arlete Mesquita, foram unânimes em concordar que o Palmeiras não conseguiu provar que houve interferência externa para a decisão polêmica tomada pelo árbitro do duelo de volta da final. O relator do caso, José Perdiz, e o presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, também concluíram que não houve evidências desta prática irregular e, assim, o tribunal resolveu que não poderia impugnar o jogo apenas por causa de supostos indícios de irregularidade.

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Não há possibilidade de recurso em tribunais nacionais ou regionais contra esta decisão do STJD, mas os advogados do Palmeiras ainda vão conversar com o presidente do clube, Maurício Galiotte, para possivelmente levar o caso aos tribunais internacionais. A diretoria alviverde já sinalizou que poderá acionar a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) ou a Fifa, ambas com sede na Suíça, em uma tentativa derradeira de impugnar a decisão estadual de 2018. (Estadão Conteúdo)